A diminuição da temperatura tem provocado aumento nos casos suspeitos da influenza A (H1N1), popularmente conhecida por gripe suína. No intervalo de uma semana mesmo período em que foram confirmados os três primeiros casos da gripe no estado os casos suspeitos da doença no Paraná passaram de sete para os atuais 21. Os dados são dos boletins epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O motivo do aumento, de acordo com a Sesa, é a chegada do inverno, que favorece o aparecimento de doenças respiratórias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que o Brasil deve esperar um aumento ainda maior de casos nas próximas semanas, justamente por conta da mudança de estação. A OMS também disse estar preocupada com a situação no Cone Sul, principalmente com Chile e Argentina. Em apenas três dias, mais de 1,1 mil novos casos foram registrados no Chile, elevando o total para 4,3 mil e com quatro mortos. Na Argentina, são 1.010 casos, com sete mortes.
Os três casos confirmados no Paraná, inclusive, são de pacientes que estiveram na Argentina: uma criança da região de Curitiba, uma profissional da área da saúde de 40 anos da capital e um empresário de 26 anos de Foz do Iguaçu. Os pacientes estão se recuperando e não precisam de internação hospitalar, segundo a Sesa.
O Paraná tem 21 casos suspeitos de gripe suína, seis em monitoramento e 73 descartados. A assessoria de imprensa da Sesa diz que grande parte das suspeitas foi descartada justamente por se tratar de gripe comum.
O presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia, Alceu Fontana Pacheco Júnior, explica que atualmente a transmissão da gripe suína está vinculada à viagem ao exterior ou ao contato com quem viajou. Como não há contaminação interna no estado, só a apresentação de sintomas não caracteriza um caso suspeito. No entanto, ele alerta que em breve iso poderá não ser mais verdade, e a população deve ficar atenta ao sintomas. "Se a pessoa teve febre acima de 38ºC, sintoma respiratório, dor no corpo e fluxo nasal, a orientação é que procure serviço médico e se mantenha em isolamento", orienta Pacheco Júnior.
O Brasil já tem 16 casos autóctones (quando a transmissão ocorre dentro do território nacional). Todos esses casos têm vínculos com pacientes procedentes do exterior. O Ministério da Saúde considera que, até o momento, a transmissão no Brasil é limitada, sem evidências de sustentabilidade da transmissão do vírus de pessoa a pessoa. Ontem foram confirmados mais 25 casos da influenza A (H1N1) no país o que aumenta para 240 o número de infectados.