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Religiosidade

Frio não intimida fiéis em Corpus Christi

Procissão do Santíssimo Sacramento teve início à tarde, reunindo milhares de pessoas | Hugo Harada / Gazeta do Povo
Procissão do Santíssimo Sacramento teve início à tarde, reunindo milhares de pessoas (Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo)

Ainda caía uma garoa fina quando a comissão da Arquidiocese de Curitiba começou a demarcar os lotes para o tapete de Corpus Christi, às 5 horas da manhã de ontem. Naquele momento, os organizadores da cerimônia ainda não sabiam se o clima prenunciava o fim da chuva ou era, pelo contrário, um sinal de que ela continuaria pelo quinto dia seguido na capital paranaense.

Duas horas depois, quando os primeiros participantes começaram a trabalhar em seus blocos, o asfalto das ruas Barão do Cerro Azul e Cândido de Abreu estava totalmente seco – uma reversão do tempo atribuída igualmente à sorte e às orações dos fiéis.

"Todo ano a gente fica apreensivo, sempre de olho na meteorologia, mas o Espírito Santo não nos deixa na mão", comenta Alexsandro Franco, coordenador da equipe de Corpus Christi da Arquidiocese.

O Grupo "Amigos de João Paulo II", liderado pelo comerciante Tadeu Kawalec – o popular Tadeu do Pierogi – usou o espaço para incluir mensagens políticas. No tapete, liam-se mensagens como "corrupção é pecado" e "roubar da saúde é pecado". "Achamos que esta também é uma oportunidade de mostrar os males do Brasil", disse ele. A missa e procissão pelo Centro são realizadas desde 2005 em Curitiba.

Outras cidades

Sob chuva, São Paulo viu os fiéis desistirem de participar das comemorações de Corpus Christi, assim como em Santana de Parnaíba, na região metropolitana. Pela primeira vez em 44 anos, os fiéis recolheram a serragem colorida que seria usada na confecção dos tapetes que cobrem as principais ruas do centro histórico. Em Belém (PA), os fiéis mantiveram a tradição dos tapetes coloridos e, no Rio de Janeiro, o arcebispo da cidade, Dom Orani Tempesta, antes de chegar ao palco, conduziu uma prece em memória das vítimas de desabamentos.

Papa

Durante a festa celebrada em Roma, o Papa Bento XVI denunciou ontem a dessacralização da fé e o consumismo do mundo moderno. "Se uma mãe e um pai, em nome de uma fé dessacralizada, privam seus filhos dos ritos religiosos, na realidade deixam o caminho livre para outros sucedâneos presentes na sociedade de consumo, para outros ritos e outros símbolos, que muito facilmente poderão converter-se em ídolos", afirmou ante os fiéis que assistiam à cerimônia na basílica de São João de Latrão.

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