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Além da possibilidade de compras no Paraguai, Foz oferece várias outras atrações aos turistas, como o Parque das Aves | Marcos Lobarca / Gazeta do Povo
Além da possibilidade de compras no Paraguai, Foz oferece várias outras atrações aos turistas, como o Parque das Aves| Foto: Marcos Lobarca / Gazeta do Povo

Compras até US$ 300 não exigem declaração

Os brasileiros que comprarem no exterior a partir do dia 1.° de janeiro não precisarão mais enfrentar longas filas para declarar mercadorias dentro da cota de US$ 300 (em viagens de transporte fluvial ou terrestre) e US$ 500 (de avião ou navio). Uma Instrução Normativa da Receita Federal, publicada neste mês no Diário Oficial da União, pretende facilitar o trânsito de turistas e, também, desafogar o atendimento nos aeroportos na chegada de brasileiros em viagem ao exterior

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Foz do Iguaçu - Turistas lotam hotéis e atrativos da fronteira para a comemoração da passagem de ano. Paranaenses, paulistas, catarinenses e argentinos movimentam as Cataratas do Iguaçu, restaurantes e o comércio das cidades vizinhas de Ciudad del Este, no Paraguai, e Puerto Iguazú, na Argentina. Cerca de 20 mil pessoas escolheram Foz do Iguaçu para passar a virada e a rede hoteleira da cidade fechou 2011 com uma ocupação 10% maior em relação ao ano passado.

Mimos não faltam na rede hoteleira para agradar aos visitantes. Em um dos estabelecimentos, os hóspedes são recebidos com música na porta. Outras estratégias são as festas temáticas e as atividades de raecreação, para animar aqueles que não querem sair dos hotéis.

Acostumada a visitar a fronteira, a família de Andrea Marinoni, de Castro, já esteve mais de dez vezes em Foz do Iguaçu. Mesmo assim, o passeio não perde a graça. "Aqui tem muitos restaurantes e é um lugar de muita distração", diz. Para Andrea, a fronteira atrai pela diversidade de hotéis e lugares para visitar.

A engenheira Luciana Abid deixou a capital paulista com a família no fim do ano para passar o réveillon em um hotel da cidade. Longe da correria de São Paulo, ela conta que Foz do Iguaçu vale a pena pelos parques e hotéis. "Estou gostando do clima", acrescenta.

Já o empresário Bruno Seleme, 25 anos, de Maringá, aproveita os dias de folga para cruzar a fronteira com o Paraguai. "Apesar da alta do dólar, o preço das mercadorias do Paraguai ainda é mais em conta que no Brasil", diz.

Ocupação

Conforme levantamento do Sindicato de Hotéis, Bares, Res­­taurantes e Similares (Sindi­­ho­­teis), o índice de ocupação nos estabelecimentos oscilou entre 85% e 90% na última semana de dezembro – 10% maior do que no fim de 2010.

O presidente do Sindihoteis, Carlos Silva, afirma que a previsão inicial do setor era atingir uma ocupação média de 82% para o réveillon, de acordo com levantamento feito em 28 estabelecimentos no dia 15 de dezembro. Mas as reservas de última hora surpreenderam e elevaram o índice. A cidade tem cerca de 22 mil leitos.

Para Silva, o aumento é reflexo da gestão integrada do turismo na cidade e da eleição das Cataratas, no fim de 2011, como uma das novas Sete Maravilhas da Na­­tureza. "A eleição gerou mídia espontânea", diz. A votação, promovida pelo empresário suíço Bernard Weber, foi feita pela internet e por mensagens de texto, com a participação de milhares de pessoas em todo o mundo.

Decepção

No Paraguai, o fechamento de 2011 não agradou aos comerciantes. O presidente da Agência de Proteção ao Comércio e Defesa ao Turista e Microim­­portador, Adailton Avelino, diz que neste fim de ano o movimento de turistas foi 20% menor e o de sacoleiros, 50%. Para ele, o aperto na fiscalização, a alta do dólar e os reflexos da crise econômica no Brasil influenciaram o saldo negativo.

Na aduana da Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad del Este, houve queda no número de turistas cadastrados neste fim de ano. Segundo a Receita Federal, em dezembro de 2010 foram cadastrados 95.415 consumidores. Em 2011, até o dia 28 de dezembro, o total chegou a 83.989.

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