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Curitiba

Fruet diz que manifestação é legitima, mas que vandalismo não será tolerado

Freut também afirmou que a prefeitura já destacou três fontes que contribuirão para cobrir a redução da passagem | Antonio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Freut também afirmou que a prefeitura já destacou três fontes que contribuirão para cobrir a redução da passagem (Foto: Antonio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

O prefeito Gustavo Fruet esteve na manhã deste sábado (22) com proprietários de estabelecimentos da Avenida Cândido de Abreu que foram depredados e ressaltou a importância de a população e o poder público não confundirem casos de vandalismo com o direito de manifestação dos cidadãos, que em sua maioria fizeram um protesto pacífico. Também afirmou que a prefeitura já destacou três fontes que contribuirão para cobrir a redução da passagem, e que, caso os manifestantes exijam nova redução, terão de apontar uma nova fonte.

Como o senhor classifica o que houve? Há toda uma discussão sobre até que ponto uma manifestação é pacífica e quando há vandalismo.

É preciso ter um pouco de calma nessa hora. Em um fato como esse, às vezes uma declaração pode causar um efeito contrário. O que é importante: primeiro, toda generalização é perigosa. É preciso separar o joio do trigo. Segundo, não se pode tirar uma sentença simples. Nós vimos aqui um problema que ocorreu no final do segundo tempo, tudo estava transcorrendo como se espera de um episódio como esse. Isso passa um recado muito forte, de que chegamos a um novo patamar na política, de uma relação direta [entre políticos e cidadãos], o que é positivo, embora comece a haver um grau de violência que não era o que se esperava. Sabemos que o povo curitibano é crítico, que ele cobra. Isso é bom. As manifestações são algo legítimo. Mas não podemos, também, admitir o vandalismo. Queremos passar a imagem de uma cidade de pessoas de bem, de paz. Curitiba não é assim. O que foi registrado na prefeitura pelos funcionários? Houve prisões?

Agora talvez seja mais fácil falar, mas na hora em que começou o bloqueio e a saída do Palácio, isso aqui [a Avenida Cândido de Abreu] virou... foram minutos de brutalidade. Parte foi filmada, parte foi fotografada, e vamos enviar esse material à Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público. E deixamos claro que todas essas imagens foram feitas em flagrante, não houve qualquer desrespeito por parte da Guarda Municipal. Os manifestantes afirmam que as reivindicações deles ainda não foram atendidas, pois a passagem não baixou o quanto eles desejavam, e que eles continuarão com as manifestações.

Eu reafirmo o compromisso que assumimos, pela participação, pela transparência e pela melhoria. Fomos a terceira capital a permitir a maior redução. Na questão da transparência, deixei muito claro, pedi como contrapartida que eles ajudem a fiscalizar, a evitar o vandalismo, pois isso tem um custo para a cidade. Se formos fazer uma comparação muito rápida, o que nós vamos gastar pra recuperar o que foi vandalizado é o que vamos gastar pra acabar com a dupla jornada [que proíbe que motoristas atuem também como cobradores]. Estamos trabalhando, por meio do diálogo. E não vamos mexer no dinheiro da saúde e da educação. Haverá três fontes. Primeiro, da Câmara, que deixa de receber parte do orçamento. Segundo, o ISS do transporte, que pode chegar a R$ 1 milhão por mês. E terceiro, não gastar com publicidade para a Copa. Além disso, que apontem outra fonte. Que fique claro que o dinheiro sai do poder público. E temos que respeitar os mecanismos da democracia, e um deles é o voto. Eu preciso respeitar o plano de governo que o povo de Curitiba escolheu no segundo turno das eleições do ano passado.

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