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Uma fuga de presos na Delegacia de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), acabou com a depredação total da estrutura do prédio na noite deste domingo (9). Celas foram quebradas, policiais rendidos e, ao fim, os presos ainda atearam fogo na delegacia. Pelo menos 19 detentos conseguiram fugir do local superlotado, que tem capacidade para até 35 presos, mas tinha 104 presos no momento da fuga.

O comandante da Guarda Municipal de Campo Largo, Fábio César Duarte, diz que o órgão foi o primeiro a chegar no local. "Um vigilante [de um prédio ao lado] chamou a guarda e tivemos que arrombar o portão para poder entrar. Os carcereiros foram expulsos da cadeia, estavam do lado de fora, os presos já tinham dominado a cadeia. Fizemos a entrada e conseguimos verificar que alguns já tinham saído e recapturamos seis já nesse primeiro momento."

Duarte disse que houve bastante resistência dos detentos e o clima ficou tenso ao longo da ação para acalmar os ânimos na carceragem. Policiais militares e do Comando de Operações Especiais (Cope), da Polícia Civil, logo chegaram. Eles foram substituídos, nesta manhã, por agentes carcerários da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), conforme informou Antonio Macedo de Campos, titular da delegacia de Campo Largo.

"A delegacia é anexa a carceragem. O investigador estava fazendo relatório na delegacia e dois agentes de presídio estavam no anexo. A porta não fechou corretamente e quando um dos agentes voltou para fechar a porta, os presos pularam nele", relata o delegado. Os números da fuga ainda devem ser confirmados ao longo do dia, já que a contagem durante a ação para controlar os ânimos na cadeia foi feita superficialmente.

Foi então que os agentes pegaram uma arma e chegaram a disparar duas vezes para evitar a fuga pela frente da delegacia. Os presos então entraram na carceragem e se trancaram por dentro. Para evitar a captura, os detentos atearam fogo em uma cela para evitar o acesso dos agentes aos cubículos. "Eles fugiram por um buraco. Foram recapturados sete, mas 19 estão foragidos. Não foi mais porque os dois carcereiros agiram rapidamente."

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