Dois homens foram soterrados, na tarde desta segunda-feira (9), depois de um desmoronamento que ocorreu em uma obra de uma construtora, situada na esquina da Avenida Presidente Affonso Camargo com a Rua Sanito Rocha, no bairro Cristo Rei, em Curitiba. Sebastião Luiz de Oliveira Filho, de 22 anos, morreu no local. O colega dele, Gilmar Rodrigues Medeiros, também de 22 anos, foi socorrido e encaminhado ao Hospital Cajuru, onde está fora de perigo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, perto das 16h, operários trabalhavam em um buraco aberto por uma escavadeira, quando houve o deslizamento. Oliveira Filho foi soterrado até a altura do tórax. De acordo com o tenente dos Bombeiros, Luiz Eduardo Zaperllon, ele foi prensado contra uma parede e a forte compressão não deixou que o trabalhador respirasse, asfixiando-o. Medeiros foi removido do local pelos socorridas, com ferimentos leves.
Os Bombeiros constataram que as vítimas usavam equipamentos básicos de segurança capacete e cinto no momento do acidente. De acordo com Zaperllon, as chuvas ocorridas nos últimos dias favoreceram o deslizamento. As causas do acidente serão reveladas em um laudo que será elaborado pelo Instituto de Criminalística (IC).
Uma equipe do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra Saúde (Nucrisa) esteve na obra, fazendo um levantamento do local onde as vítimas foram soterradas. Segundo a delegada Paula Brisola, será instaurado um inquérito policial para averiguar se a empresa contratante cumpria todas as determinações relacionadas à segurança dos trabalhadores definidas na lei da medicina do trabalho.
"Caso seja comprovado que houve negligência, que a empresa gerou um ambiente inseguro aos funcionários, os responsáveis podem ser indiciados por homicídio culposo [quando não há intenção de matar]", explicou a delegada.
Um operário da obra que pediu para não ser identificado estava no quinto andar do bloco ao lado de onde ocorreu o deslizamento e testemunhou o acidente. Segundo ele, os funcionários ficaram desesperados quando perceberam o soterramento e usaram uma escavadeira para tentar socorrer as vítimas. "Foram só gritos. Um dos colegas ficou só com o capacete para fora da terra", relatou.
Este funcionário denunciou que os procedimentos de segurança não eram seguidos na escavação que vitimou os dois operários. Segundo ele, não havia telas de madeira colocadas como aparas, justamente para impedir deslizamentos. "Se não embargarem esta obra, teremos mais acidentes", disse o operário, que afirmou já ter presenciado três acidentes de trabalho na obra.
Por volta das 17 horas, dois homens chegaram em uma caminhonete F-250, se identificando como sócios da construtora. Entretanto, eles não responderam aos questionamentos da empresa, inclusive os relacionados aos procedimentos de segurança adotados na obra.
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