Perguntas no ar...

• Quem serão os sócios da Copel no consórcio formado para concorrer ao leilão?

• Quanto será o investimento da estatal? A princípio, a direção da empresa esperava investir R$ 1,08 bilhão e o restante dos R$ 4,5 bilhões viriam da participação dos sócios. Mas o substitutivo geral votado pela CCJ define que a Copel deve ser sócia majoritária.

• A participação em concessão de transporte é viável para uma empresa de energia elétrica? Não tiraria investimentos da sua área fim?

• O governo do estado terá que fazer aporte para ajudar a Copel nesse empreendimento? Se tiver, de onde sairá o dinheiro?

• A Copel possui corpo de funcionários capacitados para fazer a gestão técnica de uma empresa concessionária de rodovias?

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Quatro associações que representam os empregados da ativa e aposentados da Copel apresentaram, sexta-feira, para a direção da companhia um manifesto contrário ao projeto de lei que autoriza a empresa a estabelecer parcerias para participar do leilão pela concessão de trechos de rodovias federais. O projeto, enviado para a Assembléia Legislativa pelo governo do estado, deve ser votado nesta segunda-feira (24) pelos deputados.

No manifesto, os presidentes da Associação dos Profissionais da Copel, Alceu Pinto de Almeida Filho, da Associação Copel, Luiz César Annes, da Associação Copel Curitiba, José Assis Neto, e o vice-presidente da Associação dos Amigos Copelianos (Somos), Pedro Macente, declaram-se contrários à proposta do estado de fazer com que a Copel invista e faça gestão em estradas pedagiadas. "Deve a Copel priorizar parcos recursos para o investimento elevado exigido na manutenção e ampliação da geração, transmissão, distribuição, pesquisa, novas fontes de energia, para poder contribuir para o desenvolvimento sustentado do Paraná. Sua vocação e finalidade, desde os primórdios, num sentido latu, são para a área de energia", diz a carta.

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Os diretores dessas entidades dizem que não são a favor do atual modelo das estradas pedagiadas do Paraná e criticam os altos preços da tarifa. Mas lembram que foi o poder Executivo que cometeu o "erro da concessão" do pedágio e que orientou a tentativa de privatização da Copel. "Houve autorização legislativa para esses e outros atos daquele Executivo. Um erro não justifica o outro", diz a carta.

Viabilidade

A Copel ainda está estudando a viabilidade de formar parcerias com a iniciativa privada para disputar o leilão de estradas federais que ocorrerá no dia 9 de outubro. O Paraná tem interesse em explorar praças de pedágio em três trechos de rodovias – lotes 2 (BR-116, de Curitiba até a divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, extensão de 412,7 km), 6 (BR-116, de Curitiba até São Paulo, extensão de 401,6 km) e 7 (BR-116, BR-376 e BR-101, de Curitiba até Florianópolis, extensão de 382,3 km).

Apesar de demonstrar o interesse em assumir a privatização das rodovias, o governo não concluiu o estudo para identificar e medir a viabilidade econômico-financeira. O levantamento deve ficar pronto no próximo dia 30 e vai orientar a decisão da companhia de participar ou não do leilão.

De acordo com a direção da Copel, devem ser investidos, com o aporte financeiro dos sócios, R$ 4,5 bilhões fixados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no edital que regulamenta a disputa.

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