Fiscais federais agropecuários entram em greve no Paraná
Os fiscais federais agropecuários do Paraná entraram em greve na manhã desta segunda-feira (18), aderindo ao movimento nacional da categoria. A greve deve durar até sexta-feira (22). Durante esse período todo o trabalho feito pelos fiscais estará parado. As principais dificuldades em razão da paralisação serão enfrentadas nos setores de exportação e importação de produtos agropecuários
Os funcionários da Eletrosul realizam uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira (18). O protesto é nacional e é contra a proposta salarial da diretoria da Eletrobrás (empresa com o controle acionário do Governo Federal). A proposta da Eletrobrás foi considerada insuficiente pelos trabalhadores do setor elétrico. A Eletrosul é uma empresa de transmissão de energia em alta e extra-alta tensão, que atua nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindenel), Vilmar Alves, a população do Paraná não vai sofrer nenhum problema de falta de energia com a greve dos funcionários da Eletrosul. "É uma greve de advertência, mantemos os serviços essenciais. Está havendo muitos cortes nos salários e a greve é contra a Eletrobrás", afirmou Alves.
No Paraná, a principal função da Eletrosul é transmitir parte da energia produzida em Itaipu para a Copel. A Eletrosul não é geradora de energia, apenas faz a transmissão. Já a estatal Copel gera e faz a distribuição de energia. Com isso, não há risco de faltar luz para a população do Paraná. "As salas de operação estão funcionando e o sistema está no ar", explicou o presidente do Sindenel.
De acordo com o diretor do sindicato, Ajaques da Silva, em Curitiba cerca de 100 pessoas estão paradas em razão da greve. "Na região Oeste do estado são 70 funcionários em greve. Em Londrina (Norte), 80 trabalhadores pararam", afirmou o diretor. Em Curitiba, a concentração dos funcionários é em frente da Eletrosul, no km 15 da BR-116, no bairro Tatuquara.
A estimativa do Sindenel é que 15 mil funcionários tenham aderido à greve no Brasil inteiro.
Reivindicações
O objetivo do movimento é avançar em itens da campanha salarial com a Eletrobrás, com foco especial para a extinção da CCE-09, emenda criada no governo Fernando Henrique, que diferencia os trabalhadores novos dos antigos, e da CCE-010, que impede as empresas públicas de realizarem investimentos.
A paralisação deve durar 24 horas nesta segunda-feira, caso a Eletrobrás não faça uma negociação a greve se estenderá para 48 horas nos dias 25 e 26. Após esse período, se ainda não tiverem avanços os empregados farão uma greve dia 11 julho por tempo indeterminado.
Além da Eletrosul, a Eletrobrás controla as seguintes empresas de geração e transmissão de energia elétrica: Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Eletronorte, Furnas, CGTEE, CEPEL e Eletronuclear.
A assessoria do ministério de Minas e Energia informou por telefone que o ministro interino Nelson Hubner não vai comentar a paralisação dos funcionários da Eletrosul.
Ronaldo dos Santos Custódio, presidente interino e diretor técnico da Eletrosul, foi procurado pela reportagem para comentar a paralisação. A secretária de Custódio informou que ele estava numa audiência. A Gazeta do Povo Online também tentou contato com a diretoria da Eletrobrás, sem sucesso.
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