Funcionários da Urbs, empresa que controla o sistema de transporte público de Curitiba, prometem cruzar os braços novamente a partir desta quarta-feira (26). A segunda paralisação em menos de um mês tem o mesmo motivo da anterior:: o atraso no pagamento do vale-alimentação, de R$618,87. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano-PR), o valor deveria ter sido pago aos funcionários nesta terça-feira (25), mas não foi depositado.
Segundo Valdir Mestriner, presidente do Sindiurbano-PR, cerca de 1,5 mil trabalhadores devem aderir à paralisação nesta quarta-feira, que só será interrompida quando os pagamentos forem regularizados. Destes funcionários, aproximadamente 500 atuam, cedidos, na Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), em serviços ligados ao estacionamento rotativo e à fiscalização do transporte coletivo. Por isso, assim como na paralisação do mês passado, a greve da categoria pode afetar também serviços relacionados ao trânsito da capital.
“Sabemos que a empresa não efetuou o pagamento dos vales porque não houve repasse da prefeitura, e que não há previsão [para os depósitos]. Por isso vamos parar por tempo indeterminado, até que o pagamento dos vales seja feito”, afirma Mestriner.
Sem previsão concreta, Urbs promete agilizar pagamentos
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Urbs confirmou a falta do depósito e disse que está buscando medidas para regularizar a situação o mais rápido possível, mas sem uma previsão definida. Segundo o órgão, não haveria um atraso propriamente dito porque o acordo salarial prevê pagamento “preferencial”, e não obrigatório, no dia 25 de cada mês.
Além disso, a empresa contesta a greve, que não teria sido comunicada oficialmente, conforme prevê a lei. Portanto, se a paralisação se concretizar, a Urbs informou que Procuradoria Jurídica deverá tomar as medidas necessárias.
Segunda paralisação em um mês
Se concretizada, esta será a segunda paralisação da categoria em menos de um mês. No último dia 27 de julho, funcionários da Urbs entraram em greve por causa do atraso nos pagamentos e também por pontos de impasse relacionados ao acordo de reajuste salarial do ano. Os serviços foram retomados no dia 1º. de agosto.
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