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| Foto: Divulgação/Sindiurbano

Com greve prometida para esta quarta-feira (26), funcionários da Urbs deram um novo prazo para que a empresa regularize o pagamento do vale-alimentação, de R$ 618,87, atrasado há um dia. A decisão de prorrogar a data-limite do pagamento empurrou para a próxima sexta-feira (28) a possibilidade de início da paralisação da categoria, que decidiu estender o prazo em assembleia realizada nesta manhã. Em menos de um mês, essa é a segunda mobilização dos funcionários por atraso de pagamento.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano-PR), cerca de 400 funcionários participaram da assembleia, que ocorreu em frente ao prédio central da Urbs, na Rodoferroviária. A reunião terminou por volta das 10 horas. Depois disso, os integrantes do ato seguiram para a Câmara Municipal de Curitiba na tentativa de pressionar os vereadores para que intervenham no impasse.

“Nós tentamos achar um denominador comum e decidimos dar um novo prazo. Mas não vamos ficar parados. Agora vamos pressionar os vereadores, para que eles intervenham na situação”, disse Ilmar Brandão, um dos diretores do Sindiurbano-PR.

Na Câmara, a sessão plenária do dia chegou a ser suspensa por cerca de 15 minutos. O presidente do sindicato, Valdir Mestriner, reclamou dos atrasos no pagamento dos salários, que ele afirmou aos vereadores serem “constantes”. As informações foram divulgadas pelo Twitter do Legislativo. Após relatar as dificuldades, o líder do prefeito Gustavo Fruet (PDT) na Casa, Paulo Salamuni (PV), prometeu conversar com os manifestantes depois do fim da sessão plenária.

Serviços normais

De acordo com a assessoria de imprensa da Urbs, embora o ato reúna uma quantidade significativa de trabalhadores, não havia registro, até às 10h25 desta quarta, de problemas nos serviços oferecidos pela empresa, como emissão de cartões-transporte e atendimento ao trânsito (cerca de 500 dos 1,5 mil funcionários da Urbs trabalham, cedidos, na Secretaria Municipal de Trânsito). A empresa informou que havia um sistema de revezamento para não prejudicar as atividades.

Sem previsão de pagamento

Assim como nesta terça, a Urbs voltou a informar que ainda não há uma previsão para que os vales sejam pagos. A pretensão, no entanto, é regularizar a situação “o mais rápido possível”.

Até a manhã desta quarta, a empresa ainda não havia sido notificada da possibilidade da paralisação de seus funcionários. A lei exige que, em casos de deflagração de greve, a empresa seja notificada até 72 horas antes.

A assessoria jurídica do Sindiurbano-PR informou, contudo, que um documento enviado à Urbs no dia 13 de julho – quando houve a notificação da greve da categoria no mês passado – já alertava a empresa da possibilidade de paralisações posteriores caso houve novo atraso nos pagamentos.

Segunda paralisação em um mês

Se concretizada, esta será a segunda paralisação da categoria em menos de um mês. No último dia 27 de julho, funcionários da Urbs entraram em greve por causa do atraso nos pagamentos e também por pontos de impasse relacionados ao acordo de reajuste salarial do ano. Os serviços foram retomados no dia 1º. de agosto.

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