Os trabalhadores das unidades de saúde de Curitiba promovem protestos com paralisações de meia hora em três horários nesta segunda (30), terça (1º) e quarta-feira (2). Unidades de Pronto-Atendimento (Upas) 24 horas terão suas atividades paralisadas nos três dias. Já as unidades básicas e centros de saúde da família vão parar apenas nesta segunda(30). O protesto é organizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc).
Nesta segunda, pela manhã, das 7h às 7h30, as unidades básicas, que ficam nos bairros tiveram todos os atendimentos paralisados, segundo o sindicato. Uma nova interrupção está prevista para ocorrer das 13h às 13h30 nesses mesmos locais.
Já nas Upas, a primeira paralisação acontece das 12h30 às 13 horas. Nesses locais, os trabalhadores da saúde voltam a cruzar os braços por 30 minutos das 18h30 às 19 horas. As interrupções se repetem nesta terça e quarta. Na quinta, a classe promove uma assembleia e define se entra ou não em greve.
A reportagem tentou estabelecer contato com o Sismuc para verificar quantos servidores aderiram às paralisações, mas, até as 21h40, não conseguiu localizar representantes da categoria.
A presidente da entidade Alessandra Oliveira previne que a movimentação antecipa a possibilidade de greve. Há meses, segundo ela, ocorrem diálogos de negociação com a prefeitura. A discussão da pauta de reivindicações, conforme a dirigente, tem avançado com lentidão e o fato motivou a classe marcar a assembleia.
"Nós temos um canal de diálogo com a prefeitura, mas não existe resposta concreta da administração. Algumas coisas que tinham sido acordadas anteriormente a prefeitura se nega a ceder, dizendo que nunca foi pauta. A questão do Incentivo Desenvolvimento da Qualidade (IDQ), por exemplo, é recorrente há mais de cinco anos. Essa é uma política de administração que vem de outras gestões já. Os trabalhadores não querem parar os serviços, queremos melhorar a saúde", disse.
Alessandra cita como principais pautas a discussão do IDQ (remuneração prêmio que estabelece de metas) e os baixos salários, com profissionais ganhando R$ 800 de remuneração inicial, quando o piso a ser implantando é de R$ 1.100. Ela reclama também da falta de funcionários, que segundo ela influencia na qualidade dos atendimentos depois que a prefeitura começou a abrir parte das unidades até as 22 horas. "Não somos contra isso, somos contra não ter mais contratações para dar um atendimento de qualidade. Se surgir uma emergência com expediente reduzido, não temos nem o que fazer com o paciente muitas vezes".
Outro lado
A Secretaria Municipal de Saúde, em nota, divulgou dados que, segundo a entidade, mostram uma melhora no que diz respeito aos atendimentos feitos pelo setor na cidade a partir deste ano. No mesmo documento, porém, a prefeitura diz que "reconhece o direito de seus servidores de se expressar e de se manifestar democraticamente, como está programado para ocorrer nos dias 30 de setembro e 1 e 2 de outubro. E, antecipadamente, pede desculpas por qualquer inconveniente aos usuários da rede pública de saúde."
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