Enfermeiros, técnicos e outros funcionários do Hospital Evangélico de Curitiba, representados pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), suspenderam a greve iniciada na manhã de ontem até o início desta terça-feira. Eles esperam que até as 7 horas seus salários atrasados caiam na conta. Segundo o hospital, o pagamento já foi efetuado, mas não apareceu na conta dos funcionários devido a um problema no sistema do Santander.
A greve fechou o Centro Médico, onde são feitos cerca de 600 atendimentos por dia. São pacientes que ficam, em média, seis meses na fila, muitas vezes vindos do interior do estado, segundo a administração do hospital. A instituição pretende remarcar os exames o mais rápido possí vel, sem jogar estas pessoas para o fim da fila.
Na sexta-feira, quando anunciada a paralisação, a assessoria de imprensa do Evangélico informou que o atraso no pagamento dos cerca de 3 mil funcionários incluindo médicos ocorreu porque o Ministério da Saúde, por meio do SUS, não tinha feito os repasses à instituição equivalentes aos serviços prestados no mês passado. Atualmente, cerca de 92% dos atendimentos do hospital são pelo SUS.
Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pelos repasses que vêm do SUS, disse que não há atraso nos pagamentos feitos pelo órgão federal cerca de R$ 9,3 milhões por mês. Deste total, R$ 2 milhões ficam retidos no Fundo Nacional de Saúde para pagar empréstimos feitos pelo HE junto a bancos. A secretaria explica que o pagamento às instituições é feito ao longo de todo o mês, com rubricas específicas para cada serviço contratado.
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