Novo fechamento do hospital ocorre nesta terça-feira (25)| Foto: Hugo Harada/ Agencia de Noticias Gazeta do Povo

Funcionários do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba encerraram por volta das 18 horas a greve iniciada na manhã desta segunda-feira (15). Eles reclamam do atraso no pagamento dos salários referentes a agosto. Cerca de 70 trabalhadores, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e pessoal do serviço administrativo e de limpeza, se concentraram em frente à instituição durante o dia.

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A direção do hospital, via assessoria de imprensa, explica que o pagamento foi efetuado na tarde desta segunda (15), a partir das 12 horas, mas não apareceu na conta dos funcionários devido a um problema no sistema do banco Santander. O diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), Natanael Marchini, diz que os trabalhadores aguardarão até as 7 horas desta terça-feira (16) para ver se o dinheiro aparece nos extratos bancários.

Ambulatório fechado

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A greve dos funcionários fechou o Centro Médico, chamado ambulatório, onde são feitos cerca de 600 atendimentos por dia. São pacientes que ficam em média seis meses na fila, muitas vezes vindos do interior do estado, segundo a administração do hospital.

A instituição pretende remarcar os exames o mais rápido possível, sem jogar essas pessoas para o final da fila. Os atendimentos no Hospital Evangélico, onde são realizados atendimentos de urgência, emergência e cirurgias, estão normalizados.

Falta de pagamento

Na sexta-feira (12), quando foi anunciada a paralisação, a assessoria de imprensa do Hospital Evangélico informou que o atraso no pagamento dos cerca de 3 mil funcionários – incluindo médicos – ocorre porque o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), não tinha os repasses à instituição equivalentes aos serviços prestados no mês passado. Atualmente, cerca de 92% dos atendimentos do hospital são pelo SUS.

Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pelos repasses que vêm do SUS, disse que não há atraso nos pagamentos feitos pelo órgão federal – cerca de R$ 9,3 milhões por mês. Deste total, R$ 2 milhões ficam retidos no Fundo Nacional de Saúde para pagar empréstimos feitos pelo HE junto a bancos. A secretaria explica que o pagamento às instituições é feito ao longo de todo o mês, com rubricas específicas para cada serviço contratado.

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Procurado pela reportagem, o diretor do Evangélico, Marcos Seefeld, pediu para falar sobre o caso nesta terça-feira (16).