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Meio ambiente

Funcionários do ICMBio denunciam problemas

Problemas estruturais se espalham pelas unidades federais administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em todo o Brasil, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente. A própria sede do órgão e unidades de conservação em estados como Rio, Tocantins e Bahia, além da Amazônia, sofrem com falta de pagamento de pessoal terceirizado e calote em fornecedores, criando situações vexatórias e insatisfação generalizada dos servidores.

"Ninguém mais na cidade quer fornecer nada para nós", relata um funcionário que trabalha em uma unidade na Serra do Mar. "Além do constrangimento dos telefonemas nos cobrando, passamos também por constrangimentos na rua. Para conseguir água atualmente, temos que pegar a estrada, pois nosso fornecedor fica a 20 quilômetros daqui. Na cidade, ninguém mais quer fornecer ao ICMBio e levar calote".

Em vários estados, o ICMBio não quita contas de água, luz e telefone há mais de dois meses, arriscando-se a ficar sem os serviços. Funcionários terceirizados, que atuam principalmente nas funções de vigilância e limpeza, também estão com salários atrasados há meses.

Capital federal

Na sede, em Brasília, embora esse pessoal esteja sendo pago, as copeiras não receberam o vale-transporte que compõe a remuneração mensal. Sensibilizados com a situação, funcionários concursados se juntaram e fizeram uma vaquinha para ajudar as mulheres.

Os problemas têm sido discutidos em um grupo criado por funcionários de carreira do ICMBio em todo o Brasil. Além das queixas quanto às condições de trabalho, há servidores reclamando de doenças causadas pelo estresse que enfrentam.

Surpresa

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gae­­tani, disse desconhecer os problemas relatados pelos servidores. "Estou surpreso. Se está ocorrendo, temos interesse em resolver o mais rapidamente possível", disse ele, reconhecendo uma dificuldade histórica de equipar áreas remotas do país com o pessoal necessário. Gaetani disse, no entanto, que o governo deu mais recursos ao instituto nos últimos anos.

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