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Greve

Funcionários do Incra no Paraná cruzaram os braços nesta quinta

Atualizado em 25/05/2006 às 15h50

Os técnicos, analistas e engenheiros agrônomos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Paraná (Incra) cruzaram os braços e iniciaram grave nesta quinta-feira. Funcionários do órgão já estão em greve há cerca de 30 dias em vários estados brasileiros pedindo reajustes salariais e fortalecimento da categoria, mas só nesta quinta os paranaenses aderiram ao movimento.

No Paraná, a adesão chega a 75% dos 140 funcionários do Instituto. "Nós vamos cobrar do governo para que ele assuma o compromisso firmado com a categoria de corrigir distorções salariais no nosso plano de carreira. Os aposentados são os mais prejudicados pelo quadro atual e nós queremos a equiparação com os funcionários da ativa", disse Irene Rudunike Neves, presidente da Associação dos Funcionários do Incra.

Outra reivindicação é a equiparação salarial com os funcionários do Ibama, que segundo Irene, recebem muito mais por tarefas semelhantes. "Nosso salário base para funcionários do ensino médio é de R$ 380 e curso superior é R$ 500. Tudo bem que recebemos alguma coisa em gratificações, mas queremos que elas sejam incorporadas aos salários base". Segundo ela, funcionários do Ibama recebem quase R$ 2,3 mil para exercer quase a mesma função.

O fortalecimento da categoria é o lema dos funcionários. "Não temos motoristas nem viaturas suficientes. O órgão está desestruturado e não temos assistência técnica em equipamentos e instalações. Temos uma demanda de 9 mil pessoas acampadas na beira de rodovias e 18 mil assentados. Não temos como atender a todos", explicou Irene.

Uma assembléia está marcada para a manhã desta sexta-feira para decidir quais serão os rumos do movimento. "Já estamos trocando idéias para decidir o que fazer. Já temos alguns avanços a nível nacional, mas o movimento está crescendo e temos 20 superintendências paradas", concluiu.

A direção do Incra no estado já sente as conseqüências logo no primeiro dia de paralisação. Segundo a superintendente substituta Irene Coelho de Souza Lobo, não há muito o que possa ser feito. "Estamos acompanhando a greve. A única determinação que estamos seguindo é registrar as faltas e justificar o motivo, que obviamente é a greve", conta.

Ainda segundo ela, os serviços já estão sendo comprometidos, mas os serviços continuam funcionando, mesmo que com um efetivo menor e precariamente.

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