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Os trabalhadores dos Correios no Paraná rejeitaram a contraproposta de reajuste salarial feita pela direção nacional da empresa e decidiram, por unanimidade, antecipar a greve de 20 de setembro para 30 de agosto. A decisão saiu das assembléias realizadas na noite desta quinta-feira (4) em Curitiba, Londrina e Ponta Grossa. "Já a partir da próxima semana, vamos iniciar a mobilização da categoria, que deve incluir panfletagens, o uso de fitas pretas sobre o uniforme, operação-padrão na entrega de cartas, entre outras atividades de protesto contra os baixos salários", afirma Nilson Rodrigues dos Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom/PR).

Os carteiros, operadores de triagem e atendentes dos Correios reivindicam um aumento salarial da ordem de 47,17%, piso salarial de R$ 932, a implantação do plano de cargos, carreiras e salários (PCCS), condições mínimas de segurança nas agências do Banco Postal, a reintegração de trabalhadores demitidos, novas contratações por concurso público e o fim das terceirizações nos Correios, além de outros benefícios.

De acordo com a categoria, o índice de 47,17% é resultado da soma da reposição da inflação dos últimos 12 meses (6,61%, conforme o ICV/Dieese), da reivindicação de reajuste real (20%) e da primeira de três parcelas das perdas de anos anteriores. Desde 1994, as perdas salariais acumuladas totalizam 52,23%. A contraproposta da empresa oferece um reajuste de 6,3%, baseado no IPCA/IBGE, além de um abono de R$ 400. "Os trabalhadores rechaçaram essa proposta ridícula da empresa de forma unânime, e estão dispostos a ir à greve", informa o diretor do Sintcom/PR.

No Paraná, cerca de 5,8 mil pessoas trabalham nos Correios. No país, são mais de 108 mil trabalhadores.

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