Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ameaçam entrar em greve pela 3.ª vez no ano, caso a empresa não atenda as reivindicações dos funcionários. Algumas das principais exigências dos trabalhadores são o reajuste salarial de 7,22%, para repor a inflação, aumento real de R$ 200 e elevação do piso salarial da categoria. No final da manhã desta segunda-feira (13), uma manifestação na porta da sede estadual da empresa, em Curitiba, reuniu cerca de 100 funcionários.

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De acordo com Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom), se as reivindicações não forem atendidas, os funcionários devem paralisar os trabalhos na próxima quarta-feira (15).

"O protesto mostra todo nosso descontentamento com a negociação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) por parte da empresa. Queremos o aumento real e o novo piso salarial de R$ 1.190", diz Nilson Rodrigues dos Santos, secretario geral do Sintcom. Atualmente o piso é de R$ 603. Além da exigência da reforma salarial, os trabalhadores exigem que as agências recebam dispositivos de segurança, como portas giratórias, para evitar roubos.

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Hoje à noite (13), via e-mail, a direção dos Correios divulgou as propostas para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho feitas em Brasília, durante reunião com sindicalistas. O objetivo é evitar a greve anunciada para o próximo dia 15. Em nota, a ETC informou que as "vantagens econômicas e sociais oferecidas pela empresa contemplam os anseios da categoria". Segundo a ETC, foi definido um reajuste linear de 7,37% sobre os salários, adicional de R$ 100 para agentes, vale amilentação e outros benefícios. "Houve um avanço nas negociações , mas ainda vamos esperar a opnião dos trabalhadores na terça-feira", finalizou Santos.

Uma assembléia de greve já esta marcada para terça-feira (14), às 19 horas, no Estacionamento Central Parking, próximo da sede dos Correios, situada na Rua João Negrão esquina com Avenida Iguaçu.

"Se os trabalhadores não aceitarem as propostas vamos votar pela deflagração da greve a partir da zero hora do dia 15", afirma Santos. Na reunião, o sindicato pretende esclarecer à população sobre os motivos que os levam a iniciar uma nova greve com a distribuição de uma carta aberta.

No Paraná, esta pode ser a terceira paralisação dos carteiros no ano. Duas greves nacionais ocorreram em abril e outra em julho. Segundo o Sinticom, as paralisações anteriores reivindicavam participação nos lucros e adicional de periculosidade. A última greve nacional durou 21 dias e atrasou a entrega de cerca de 130 milhões de correspondências. O serviço de entrega só foi normalizado em 10 dias após o termino da paralisação.

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