Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) prometem realizar duas manifestações nesta sexta-feira (14), na capital paranaense. A direção do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), marcou para às 11 horas um ato de protesto contra a direção estadual do Correios, em frente à sede regional da empresa, localizada na rua João Negrão, onde os manifestantes estão acampados. Às 15 horas eles prometem sair do local em passeata até a praça Santos Andrade. Conforme a categoria, a paralisação das atividades, no primeiro dia de greve nacional, na quinta-feira (13), atingiu 80% dos funcionários que trabalham com a triagem e entrega das correspondências no Paraná. O número é contestado pela direção estadual da empresa, que contabilizou a paralisação geral dos funcionários no Paraná numa média de 30% a 40%.
Conforme informações da assessoria de comunicação dos Correios no Estado, nenhuma agência foi fechada, e a triagem das correspondências foi feita de forma "razoável" no 5º Batalhão de Logística do Exército em Curitiba, pois os grevistas bloquearam a entrada de caminhões na sede da empresa. A distribuição das correspondências foi parcial, numa média de 50% do que tinha para ser entregue. Os serviços Sedex 10 e Sedex Hoje estão temporariamente interrompidos porque exigem uma agilidade grande que a empresa não poderia cumprir neste período, conforme a assessorial regional de comunicação dos Correios.
Protesto
A assessoria de imprensa do Sintcom-PR disse que a manifestação contra a direção estadual dos correios será contra atos cometidos anteriormente à greve, como demissões e sobrecarga de trabalho. Os manifestantes também pretendem fechar duas agências centrais dos Correios na capital paranaense. Já as agências terceirizadas não serão alvo de manifestações da categoria.
Histórico
Os funcionários dos Correios no Paraná decidiram pela greve em assembléias realizadas na noite de quarta-feira (12), em oito cidades paranaenses (Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, Cascavel, Maringá, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Pato Branco). Após a deflagração da greve, em Curitiba, os manifestantes seguiram em passeata até a sede da empresa, onde montaram acampamento. Segundo o sindicato, a categoria reivindica R$ 200 de aumento real linear, além da reposição das perdas salariais que, acumuladas desde 1994, totalizam 47,77%. A última proposta da empresa, apresentada na noite de terça-feira (11), ofereceu um reajuste de 3,74%, R$ 50 de aumento real a partir de janeiro de 2008 e um abono de R$ 400 parcelado em duas vezes. A direção da empresa também estaria querendo tirar alguns direitos conquistados, como o auxílio-creche para crianças de seis anos e a assistência médica para pais e mães. Atualmente os funcionários dos Correios recebem um salário inicial de R$ 524,00. Para quem está em média há 13 anos na empresa, o salário é de R$ 700,00.
As negociações entre a direção da empresa e os funcionários estão centralizadas em Brasília (DF), na sede nacional da empresa. A greve é por tempo indeterminado.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora