Os funcionários da Universidade de São Paulo decidiram, na tarde de ontem, manter a greve iniciada há mais de um mês e a invasão ao prédio da reitoria da universidade. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), cerca de 500 funcionários participam da ocupação em protesto contra o corte de salários de alguns grevistas.
Os manifestantes invadiram o local por volta das 10 horas de ontem, quebrando uma porta de ferro, uma porta de vidro e uma janela, além de uma porta de aço. De acordo com os grevistas, no prédio também há cem alunos muitos deles usando capuzes para evitar a identificação favoráveis à paralisação dos funcionários. O sindicato pretende manter a invasão até que os salários sejam pagos aos mil funcionários que não receberam. A assessoria da reitoria confirmou a suspensão do pagamento dos funcionários em greve.
Iniciada em 5 de maio, a paralisação dos trabalhadores da USP reivindicava inicialmente aumento salarial de 16% e mais R$ 200. Após o início da greve, o Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) deu aumento de 6,57% aos servidores técnicos e administrativos, mas os professores também receberam o reajuste, o que causou a suspensão das negociações.
