Atualizado em 04/12/2006, às 12h25
A manhã desta segunda-feira foi de muito trabalho para os funcionários da prefeitura de Itaperuçu, região metropolitana de Curitiba, e sem expediente para os moradores. Na última sexta, houve uma revolta por parte da população após o assassinato da adolescente Tayla Michele Agne de Faria, de 15 anos. A prefeitura, uma agência bancária e um módulo policial foram depredados.
Ao redor da prefeitura, muitos cacos de vidro, pedras e móveis danificados foram notados na manhã desta segunda. Os funcionários organizaram um mutirão para realizar a limpeza. Segundo o chefe de gabinete, Gerson Secom, em entrevista a Rádio CBN, não há previsão para a volta ao trabalho na prefeitura.
"Só na prefeitura, o prejuízo foi de aproximadamente R$ 500 mil. Pedimos aos adolescentes que levaram documentos da prefeitura, que devolvam, para que os trabalhos possam seguir", afirmou Secom a CBN.
Documentos referentes ao IPTU, licitações de obras, entre outros importantes foram levados durante o protesto. "Acho que o trabalho vai voltar ao normal somente no ano que vem", afirmou um funcionário, bastante indignado com o ato de vandalismo.
No módulo policial, onde também ocorreu o protesto, não há ninguém trabalhando na manhã desta segunda-feira. A única agência bancária da cidade, que também foi destruída, também amanheceu com as portas fechadas. A Polícia Militar informou que 12 policiais estão reforçando o efetivo em Itaperuçu. O reforço será até o fim das investigações do quebra-quebra.
Assassinato e quebra-quebra
Tayla foi morta durante um assalto à padaria da família na tarde de sexta-feira. Segundo uma funcionária, um homem armado teria disparado ao ter se assustado ao ver a vítima com uma vassoura.
A manifestação saiu do controle e vários prédios públicos foram depredados e incendiados. O primeiro a ser alvo foi um posto policial. O prédio da prefeitura e uma agência bancária foram os mais atingidos pela revolta, ficando completamente destruídos. Vários computadores e móveis foram danificados.
A situação só foi controlada no começo da madrugada com a chegada de equipes da tropa de choque da Polícia Militar. Segundo informações do Paraná TV, dez pessoas foram presas suspeitas de vandalismo.
Histórico
Há três anos, também no dia 1º de dezembro, a população reagiu à violência do mesmo jeito. A prefeitura, a delegacia e outros prédios públicos foram destruídos depois do assassinato de um comerciante, durante uma tentativa de assalto.