Grupo pretende seguir com abraços até dar a volta na quadra do HC| Foto: Sinditest-PR/Divulgação

O Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) recebeu um “abraço” de seus funcionários, na manhã dessa sexta-feira (19). O grupo estima ter reunido cerca de 130 pessoas, número muito superior às sete que participaram do primeiro abraço, em dezembro do ano passado. Os manifestantes cobram das autoridades de saúde que “valorizem” mais o hospital.

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Um dos organizadores do protesto, o médico Niazy Ramos Filho explica que o HC tem potencial para atender pacientes de alta complexidade, mas não há demanda por parte do Sistema Único de Saúde (SUS) para aproveitar esta medicina de ponta.

Ramos Filho não sabe explicar quais os motivos que levam a este subaproveitamento da estrutura do hospital, e é exatamente isto que ele cobra do poder público. “Por que as cirurgias não estão acontecendo? Por que os pacientes não estão vindo? O governo não tem dinheiro? Se é isso, então temos que ter clareza”.

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O grupo quer resposta tanto do governo federal, responsável pela instituição, quanto da prefeitura de Curitiba, que administra os atendimentos de base do SUS. “No atual modelo [de saúde] parece que não há mais a necessidade de um hospital terciário, quaternário como o nosso”, reclama o médico.

Os “abraços” no HC foram realizados em todas as sextas-feiras do mês de dezembro do ano passado. Este foi o primeiro de 2016. O grupo quer realizar novo protesto na próxima sexta-feira (26) e continuar com as ações, até “ter gente suficiente para dar a volta na quadra”.

Paralisação

Na próxima quarta-feira (24), os trabalhadores do HC devem entrar em greve por 24 horas. A paralisação foi aprovada pelo sindicato que representa os trabalhadores do hospital (Sinditest), em assembleia realizada nesta quinta-feira (18). A medida foi aprovada por servidores contratados via Fundação da UFPR (Funpar), Regime Jurídico Único (RJU) e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A reivindicação dos trabalhadores são melhorias nas condições de trabalho no hospital.

Outro lado

A UFPR foi procurada para comentar o protesto e informou que vai se pronunciar ao longo do dia.