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Dois funcionários de uma churrascaria localizada no bairro Uberaba, em Curitiba, foram presos em flagrante no último fim de semana, desviando carnes do estabelecimento. Segundo a polícia, eles furtavam peças inteiras e carnes preparadas que não haviam sido consumidas. As "sobras" eram vendidas na entrada da churrascaria a pessoas que chegavam a formar fila no local.

Segundo o delegado Amarildo Antunes, da Delegacia de Furtos e Roubos, o dono da churrascaria começou a suspeitar do furto há alguns meses, quando notou diferença no faturamento. O proprietário foi orientado a instalar câmeras de segurança, que gravaram a movimentação dos funcionários, que retiravam os pacotes da churrascaria. A ação dos acusados ocorria sempre no início da manhã, entre 7 e 8 horas.

"As peças de carne e de frios eram retiradas em carros. As sobras eram vendidas ali mesmo, no estacionamento da churrascaria", disse o delegado. O proprietário estima que o rombo provocado pelo desvio tenha chegado a R$ 30 mil por mês.

A polícia analisou as imagens antes de articular a operação que acabou com a prisão em flagrante. De acordo com o delegado, pacotes de 20 quilos de carne já preparada eram vendidos por R$ 10 reais. Caixas maiores eram negociadas a R$ 50. Os presos foram identificados como Nélson de Oliveira Camargo, 49 anos, que trabalhava como chefe de churrasqueira, e a mulher dele, Melaine Salete de Oliveira, 52 anos, contratada como ajudante.

Entre os "clientes" estavam pessoas que compravam o produto para consumo próprio. "Mas também flagramos o representante de uma entidade de assistência a dependentes químicos, que destinava a carne para a instituição", disse o delegado.

O gerente da churrascaria e outro funcionário também são acusados de desviar produtos do estabelecimento, mas, como não foram pegos em flagrante, vão responder pelo crime em liberdade. Segundo o delegado, todos os acusados trabalhavam na churrascaria há mais de seis anos e eram considerados funcionários de confiança do proprietário do estabelecimento.

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