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Brasília – Na mira da CPI das ONGs, a Fundação Banco do Brasil (FBB) também é alvo do Tribunal de Contas da União (TCU). O ministro Benjamin Zymler determinou que o presidente da Fundação, Jacques Pena, e outros diretores da fundação devolvam aos cofres públicos ou que se defendam de duas auditorias que constataram o uso indevido de mais de R$ 5 milhões da fundação.

Em uma delas, Pena e sete outras pessoas, entre elas os diretores executivos Almir Paraca Cardoso e Ele 0nelson Honorato Marques, têm de ressarcir o Tesouro em R$ 1,2 milhão. Segundo o ministro, os recursos foram transferidos a uma entidade privada sem nenhuma contraprestação. A beneficiária, segundo o acórdão, foi a Cooperativa de Reciclagem e Compostagem da Costa do Sauípe Ltda. (Verdecoop).

A outra cobrança feita ao presidente da FBB, no valor de R$ 3,8 milhões, e aos diretores Almir Paraca e a Jandir de Moraes Feitosa Júnior, refere-se ao recursos repassados aos convênios Geração de Trabalho e Renda em Economia Solidária e à Companhia Indústria do Nordeste Brasileiro – Usina Catende. Também desta vez não houve, segundo o TCU, contrapartida das entidades favorecidas.

A Usina Castende, na zona da mata de Pernambuco, foi desapropriada em outubro do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e entregue aos trabalhadores. Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), as auditorias comprovam que as atividades da Fundação Banco do Brasil merecem uma investigação profunda. "Pela fragilidade do depoimento de Jacques Pena, ficou óbvio que ali se pratica uma administração temerária", alegou. Pena depôs na CPI na quarta-feira.

Em nota à imprensa, a fundação afirma possuir "toda a documentação necessária para esclarecer as dúvidas levantadas pelo TCU e as apresentará por meio da Diretoria Jurídica do Banco do Brasil, tão logo seja formalmente notificada da decisão o que não aconteceu até esta data".

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