No Brasil, uma tentativa de romper a dependência das emissoras em relação às instituições que as mantêm tem sido a criação de fundações. Nesses casos, embora a dependência financeira permaneça, um conselho deliberativo, formado por representantes de entidades e segmentos sociais, define as linhas da programação.

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Funcionam assim a TV Cultura de São Paulo e a TV Educativa do Rio Grande do Sul, apontadas como exemplos de relativa independência editorial. "Não se pode confundir o interesse da informação pública com o interesse do governante de plantão", afirma o presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Pereira Torma.

Segundo ele, a qualidade editorial da TV e da rádio estatal gaúchas melhorou depois que a Fundação Piratini, que as mantêm, passou a exigir concurso público para preencher seus quadros funcionais, acabando com as nomeações para cargos de confiança. No Paraná, o Sindicato dos Jornalistas tentou, no ano passado, obrigar à realização de concurso na Paraná Educativa – o que é regra no serviço público –, mas a contratação de pessoal continua sendo feita por nomeação e até pelo pagamento de cachês, comum na área artística, quando os profissionais são contratados por períodos curtos e para trabalhos específicos.

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