Uma pesquisa mais completa será feita em novembro, mas um levantamento de dois dias, feito no início desta semana, pela Coordenação de Mobilidade Urbana do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc) já indica uma mudança de hábito importante na Via Calma das avenidas João Gualberto e Paraná: a maioria dos ciclistas (71,85%) parece ter trocado a canaleta de ônibus pela nova via dedicada às bicicletas. Na contagem realizada em junho de 2015, também pelo Ippuc, o cenário era praticamente o inverso: 93,21% dos ciclistas identificados usavam a canaleta e apenas 6,79%, a via lenta do trajeto. “Isso demonstra que os ciclistas passaram a se sentir seguros na Via Calma, em função da velocidade máxima dos veículos que é de 30 km por hora. Seguiremos acompanhando o comportamento dos usuários da nova Via Calma com novas pesquisas, nos próximos meses”, afirmou o arquiteto e urbanista Antonio Miranda, criador do conceito de Via Calma e responsável pelos projetos de ciclomobilidade do Ippuc, via assessoria de imprensa do Ippuc. Em 2015, 265 ciclistas foram contados. Neste ano, foram 302.
Pesquisadores apontam muitos obstáculos ao uso da bicicleta em Curitiba
Leia a matéria completaAinda na semana passada, quando anunciada pela prefeitura de Curitiba, a segunda Via Calma da capital ainda não estava totalmente pronta. O órgão de planejamento da cidade, porém, teria constatado essas mudanças na semana seguinte, com a via já adequada à nova proposta. Em razão da entrada em vigor da Lei Eleitoral a partir deste sábado (2), os canais de comunicação da prefeitura de Curitiba sairão do ar a partir da noite desta quinta-feira (30). Para a aproveitar a janela que havia entre a inauguração da Via Calma e o início desse período é que o Ippuc fez essa contagem.
Ainda no ano passado, entre os meses de junho e dezembro, o Ippuc fez uma pesquisa maior de contagem de tráfego que constatou o uso das avenidas João Gualberto e Paraná por ciclistas e, confirmou, portanto, que ali seria um bom local para a implantação de uma via ciclável. Entre os 180 entrevistados em 2015, a faixa de renda que mais concentrava ciclistas era aquela de pessoas com rendimento mensal de até três salários mínimos (50%), seguida da parcela que recebe um a três salários mínimos mensais (42,8%). A frequência de deslocamento com bicicleta também era grande: quase metade (49,44%) pedalava de segunda a sexta. Além disso, mais de 78% usava a bicicleta nessas avenidas para ir ao trabalho ou estudar. Apenas 1,11% usava a via para lazer.
A íntegra da pesquisa deste ano pode ser consultada no site do Ippuc, neste link.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião