Apesar do debate em Curitiba, a tendência é de que o transporte coletivo seja cada vez mais operado por empresas privadas. Esse é o modelo escolhido no metrô de São Paulo, Toronto, Salvador e também era a da Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) do metrô curitibano.
O governador paulista Geraldo Alckmin concedeu a operação da Linha 4-Amarela à iniciativa privada e anunciou que novas linhas também serão operadas via PPP. Mas a operação concedida vem sendo prejudicada por atrasos na conclusão da obra. O contrato com a ViaQuatro,que é apenas a operadora, prevê reembolsos do estado nessa situação.
Segundo o jornal Estado de S.Paulo, a saúde financeira das linhas públicas operadas pelo Metrô e CPTM era grave no início de 2014. Os subsídios públicos foram de mais de R$ 770 milhões para a CPTM em 2013 – alta de 43%. Relatório financeiro do Metrô aponta prejuízo de R$ 76,4 milhões naquele ano. Mas o sistema melhorou em 2014, com lucro de R$ 97,7 milhões. Procurado pela reportagem, o Metrô da capital paulista disse que não tinha interesse em responder questionamentos sobre os subsídios pagos pelo estado para sua operação.
Toronto
A capital da província de Ontário, no Canadá, iniciou ano passado sua experiência de concessão da operação do metrô, com a inauguração da Union Person Express – a nova linha metroviária que liga o principal aeroporto da cidade ao centro. A linha foi concedida à Union Pearson AirLink Group, mas não sem polêmicas. O processo se arrastava desde 2008, graças a questionamentos da opinião pública sobre esse novo modelo. A cidade conta com outras quatro linhas operadas pela Toronto Transit Commission. (RM)
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