Como amenizar os efeitos de um período de quatro anos de obras na principal via de uma cidade? Montreal respondeu a essa pergunta há algumas semanas, ao anunciar a ideia vencedora de um concurso de design que tinha como mote o desafio de encontrar maneiras de proteger a população e o comércio local das más consequências de uma mega intervenção na principal avenida da cidade, a Rua Santa Catarina. O conceito vencedor é o de uma cobertura inflável, em formato de arcos, que ora abrigará as obras, ora abrigará a população.
Segundo o canal local CTV News, a estrutura “gigantesca” custará 3,8 milhões de dólares canadenses (o equivalente a R$ 9,3 milhões). O chefe do escritório Kanva Architecture, que criou a estrutura, Tudor Radulescu, disse à emissora que “o fato de a estrutura ser visualmente impactante vai atrair as pessoas”, diferentemente do que normalmente acontece em um local com obras.
O concurso custou 170 mil dólares canadenses para ser realizado e dará ao escritório vencedor, o Kanva, cerca de 800 mil dólares canadenses pela criação – os dois valores estão incluídos no total estimado para a ideia de 3,8 milhões de dólares canadenses.
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Cada pedaço do arco inflável, batizado de “Imago”, terá cerca de 10 metros de altura, o equivalente ao terceiro andar de um prédio, e 14 metros de largura, o suficiente para ir de um lado da rua ao outro. Enquanto as obras ocorrerem no curso da via, elas ficarão contidas sob o Imago. Espera-se que a estrutura consiga reter parte do pó e do barulho gerado pelas intervenções. Quando as obras passarem para as calçadas e afins, as pessoas caminharão dentro do Imago, seguindo a mesma lógica.
As obras em questão fazem parte de um projeto de remodelação total da Rua Santa Catarina e quarteirões próximos, com foco na valorização de pedestres e ciclistas, e devem começar no começo de 2018. O plano de quatro anos de obras, que incluirá intervenções não só na superfície da região central, mas também a troca de tubulações centenárias de esgoto e água, custará 95 milhões de dólares canadenses, segunda estimativas da prefeitura de Montreal.
Uma cratera que apareceu ainda em 2013 nessa região e engoliu uma retroescavadeira foi a gota d’água para que a cidade decidisse não adiar mais as obras.
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