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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A Rede Integrada de Transportes (RIT) passou por mudanças no ano passado. Antes gerida apenas pela Urbs, empresa vinculada à prefeitura de Curitiba, agora a RIT tem uma cogestão. As linhas dentro de Curitiba permaneceram com a Urbs. Já as metropolitanas passaram para a Comec, órgão do governo do Paraná. Publicamente, essa mudança se deu por um desentendimento entre a prefeitura de Curitiba e o governo sobre o valor repassado pelo estado para subsidiar o sistema.

Mesmo integradas, as linhas metropolitanas não foram licitadas junto com os linhas urbanas de Curitiba em 2010. Elas operam por meio de uma autorização precária, situação que o governo promete mudar. No ano passado, a gestão Beto Richa (PSDB) havia prometido licitar esse sistema ainda neste ano.

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Quem estuda o transporte daqui, entretanto, recomenda que essas linhas sejam licitadas junto com os sistemas urbanos da metrópole. Isso atenderia o Estatuto das Metrópoles. Mas há um impasse: o maior sistema de transporte da RMC é o de Curitiba, que já tem um contrato assinado após uma licitação alvo de inúmeras contestações.

Olga Firkowski, professora do departamento de geografia da UFPR, cita Belo Horizonte como exemplo e vê com preocupação o que está acontecendo em Curitiba. “O conjunto da população perde quando as políticas públicas ficam a mercê de disputas partidárias. Quando tivemos a integração, houve uma convergência de partidos políticos. Hoje, como não há convergência, não há políticas. E isso é péssimo do ponto de vista de vida social. É errado pensar em uma política que não inclua o principal polo de demanda do transporte”.

Em nota, a Comec afirmou que fará a licitação apenas após a conclusão de arcabouço do Plano Metropolitano de Mobilidade que estabelece as diretrizes do sistema de transporte coletivo metropolitano. O órgão estadual disse ainda que está estudando a criação de uma estrutura metropolitana interfederativa para gerenciar o transporte integrado. Para a Comec, diz o texto,” não deve existir diferença entre o transporte urbano e o transporte metropolitano”. A prefeitura de Curitiba tem se manifestado recorrentemente para relembrar que a integração operacional do sistema está mantida. De fato, ainda é possível realizar as mesmas integrações em tubos e terminais da cidade. Mas a gestão agora é compartilhada e a tarifa única, por decisão da Comec, deu lugar aos degraus tarifários.

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