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Projeto transforma lama da Samarco em tijolos para a reconstrução de Mariana

Tijolo produzido a partir da lama de rejeitos da Samarco é impermeável e até sete vezes mais resistente que o tijolo de barro comum. | Reprodução/
Tijolo produzido a partir da lama de rejeitos da Samarco é impermeável e até sete vezes mais resistente que o tijolo de barro comum. (Foto: Reprodução/)

Uma parceria do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Laboratório de Geomateriais e Geotecnologia da Escola de Engenharia da UFMG, com o apoio da agência de publicidade Grey Brasil, está usando a lama de rejeitos da mineradora Samarco – que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015 – para produzir tijolos. A ideia não serve apenas à limpeza da cidade,as mas também a sua reconstrução e à geração de emprego e renda para uma parte dos moradores.

O projeto começou em janeiro e, desde então, tem produzido mil tijolos artesanais ao mês. Para aumentar essa produção, foi iniciada uma campanha de arrecadação de dinheiro para a construção de uma fábrica capaz de dar escala industrial ao projeto.

Operada 100% por mão de obra local, estima-se que a fábrica gerará 80 empregos diretos e indiretos na comunidade e poderá transformar, a cada ano, 700 toneladas de lama em 1,2 milhão de tijolos, o suficiente para a reconstrução de casas populares, hospitais e escolas para, pelo menos, 400 famílias da região.

A meta é arrecadar R$ 400 mil para a instalação da fábrica, mas, nesta quarta-feira (20), há 11 dias do prazo final previsto na página de doações da campanha, foram arrecadados apenas R$ 43.729.

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