Uma pesquisa do Instituto Canadense de Engenheiros de Transporte divulgada ainda em 2015 e destacada no guia O Desenho das Cidades Seguras , publicação do WRI Ross Centro para Cidades Sustentáveis, – um centro de pesquisas ligado à WRI, organização que tem ajudado cidades a se desenvolver –, indica que ruas com faixas estreitas tendem a resultar em mais segurança viária nas cidades. As informações são dos sites especializados CityFix e CityFixBrasil.
Com base nisso, uma equipe do WRI Ross Centro para Cidades Sustentáveis resolveu comparar taxas de mortalidade no trânsito com a média de largura das pistas. As menores taxas de acidentes foram identificadas em cidades onde a largura das faixas fica entre 2,8 metros e 3,5 metros, como Amsterdã, Copenhague e Tóquio: entre 1.3 e 3,2 para cada 100 mil habitantes.
Já cidades como São Paulo e Nova Dehli, com faixas entre 3,25 metros e 3,6 metros de largura, têm índices maiores de mortes em acidentes de trânsito: entre 6.1 e 11.8. Segundo os pesquisadores, ruas com faixas estreitas inibem os motoristas, devido ao medo de colisões laterais, fazendo com que eles andem mais devagar. É essa consequência da velocidade reduzida que diminui os riscos de acidentes fatais.
Veja como ruas com faixas estreitas são mais seguras
Curiosamente, ruas com faixas estreitas demais, com largura entre 2,6 metros e 2,8 metros, também não têm bons resultados em termos de segurança no trânsito, com índices de mortalidade entre 3.6 e 6.4. Aparentemente, há um limite para o estreitamento das pistas, que tem a ver com a largura dos carros fabricados hoje e com os riscos de colisão lateral com veículos grandes, além da possibilidade de motos e bicicletas também conseguirem trafegar junto com os demais veículos.
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Outra vantagem de rever a largura das faixas, segundo especialistas, é a de usar o espaço extra para colocar uma faixa exclusiva para ônibus, uma ciclovia ou mesmo aumentar a calçada em um trecho onde a necessidade de espaço para os pedestres é maior do que para os carros.
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