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| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Taxistas realizam nesta quarta-feira (27) um protesto no centro de São Paulo contra a votação de um projeto de lei que regulamenta aplicativos de transporte, entre eles o Uber.

Por volta das 9h30, cerca de 30 taxistas se postaram em frente à Câmara Municipal, no viaduto Jacareí. Há taxistas de outras cidades, incluindo Curitiba. Os motoristas usam vuvuzelas, fogos de artifício e faixas contra o aplicativo Uber. Em entrevista à rádio Bandnews Curitiba, o conselheiro da União dos Taxistas de Curitiba (UTC), Rogério Félix, relatou que a reunião funcionou praticamente como uma Assembleia Nacional da categoria. Ele também disse à emissora que a categoria não é contra o uso de novas tecnologias, mas defende um estudo de impacto desses aplicativos na mobilidade e uma regulamentação.

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Durante o dia, o movimento na região deve aumentar. Os taxistas pressionam os vereadores a votarem contra o projeto de lei, que regulamenta o Uber e outros aplicativos de carona e aluguel de carros.

Já o Uber investe na mobilização pela internet. Pelas redes sociais e e-mails a usuários, o aplicativo faz uma campanha para inundar as caixas de e-mail dos vereadores com mensagens a favor da aprovação. Basta clicar sobre um link, e o e-mail pedindo a aprovação do projeto já está escrito, pronto para ser enviado para todos os parlamentares. Em 48 horas, foram enviados mais de um milhão de e-mails, afirma a empresa.

Na Câmara, o MBL (Movimento Brasil Livre), que se destacou organizando atos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), estará do lado dos manifestantes a favor da regulamentação aplicativo.

O prefeito Fernando Haddad (PT) fez um acordo na Câmara Municipal de SP para votar a liberação do aplicativo. A gestão pretende incluir um substitutivo dentro de um projeto já aprovado em primeira votação, de autoria do vereador Police Neto (PSD). Assim, com a aprovação em segundo turno, o projeto já seguirá para a sanção ou veto de Haddad.

O projeto de Police Neto trata do compartilhamento de automóveis por aplicativos -o que inclui o serviço do Uber. Serão incluídas neste projeto as mudanças idealizadas pela gestão Haddad.

A principal é a regulamentação por meio da venda de créditos on-line. A empresa dona do aplicativo teria de comprá-los da prefeitura para poder rodar na cidade com seus motoristas -assim, a gestão teria informações estratégicas sobre as viagens e estabeleceria um limite de carros nas ruas.

A estratégia de utilizar o projeto do vereador surgiu após vereadores ameaçarem barrar um decreto do prefeito.

População

Pesquisa Datafolha feita em quatro capitais (São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília), divulgada em fevereiro, mostrou que 78% dos entrevistados acreditam que o serviço do aplicativo deve ser regulamentado no país.

Apenas 4% das pessoas avaliavam que o Uber deveria ser proibido. Outros 17% consideravam que a empresa deveria continuar a operar no modelo atual, sem nenhuma regulamentação do poder público -e em muitas cidades considerado ilegal.

Das 1.775 pessoas ouvidas pelo instituto de pesquisa, 95% gostariam que o aplicativo continuasse em atividade.

Curitiba

Na capital paranaense, no último dia 12 de abril, mesmo dia em que a lei que reforçou a multa para quem for flagrado fazendo o transporte público individual de passageiros foi aprovada, os vereadores apresentaram ao menos três projetos para a regulamentação de serviços como o Uber.

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