Um dos autores da proposta de regulamentação do Uber, o vereador Pier Petruzziello (PTB) disse que há um esforço de parte da casa para que o projeto volte a ser analisado no começo de agosto. “Nós estamos discutindo a aprovação desse projeto em tom de prioridade, porque precisamos de uma regulamentação urgente na cidade. É uma questão urgente”, disse Petruzziello, que compõe uma frente favorável à legalização do Uber na Câmara, ao lado de outros legisladores, como Jonny Stica (PDT) e Bruno Pessuti (PSD).
“Meu maior medo é a violência que essa indefinição pode gerar – já tem gerado. Estamos vivendo uma situação de conflitos, cidadão com nariz quebrado. Pelo que eu conversei com o Uber, com todos os motoristas que conheço do aplicativo, ninguém é contrário à regulamentação. Temos que chegar a um equilíbrio”, completou.
A urgência na análise do projeto é defendida até mesmo por vereadores que se posicionaram a favor de bandeiras defendidas por taxistas. “Queremos a regulamentação a todo custo. Se eles não obtiverem a regulamentação, não poderão trabalhar. Seria a mesma coisa de liberar o comércio de produtos ilegais do Paraguai nas ruas de Curitiba”, afirma Jairo Marcelino (PSD), um dos autores da lei que aumentou o valor da multa a quem transportar passageiros sem autorização da prefeitura – em agosto o valor da sanção passará de R$ 85,13 para R$ 1,7 mil.
O projeto
Caso a lei proposta seja aprovada, em dois turnos, empresas como o Uber poderão operar na cidade, mas seguindo uma série de regras e pagar taxas à prefeitura, em isonomia com os valores cobrados dos taxistas. A norma tem o objetivo de facilitar os deslocamentos na cidade; assegurar a livre concorrência e a transparência no serviço de compartilhamento de veículos.