MP denuncia 21 por tortura

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) anunciou no último dia 1º que a denúncia à Justiça elaborada pelo órgão no caso de tortura aos suspeitos no caso Tayná envolve 18 policiais e um ex-policial militar, que integraram as investigações. Dois "presos de confiança" também foram citados. Todos, de alguma forma, teriam participado da tortura de quatro rapazes que haviam sido presos acusados da morte da menina, ou teriam se omitido diante dos excessos. As apurações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mesmo que apura o caso de abuso na delegacia de Quatro Barras.

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Um caso de tortura na Delegacia de Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Três policiais da divisão teriam espancado um homem com problemas mentais durante 15 minutos e provocado lesões graves nos rins da vítima. A denúncia foi feita na segunda-feira (5) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mas foi divulgado apenas nesta quinta (7). A investigação inicial foi feita pela Corregedoria da Polícia Civil.

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Conforme a denúncia, familiares da vítima chamaram a polícia no último dia 12 de março porque ela estava tendo um distúrbio psiquiátrico. Investigadores da delegacia da cidade foram até a casa onde o homem mora e teriam sido avisados de que ele precisava de cuidado especial. Apesar disso, conforme informações do MP-PR, o terreno da casa foi invadido, o homem algemado e preso, sendo levado à delegacia em um camburão.

Chegando à delegacia, o homem foi espancado por cerca de 15 minutos, de acordo com a denúncia do MP-PR. A prisão teria acontecido de manhã e ele foi liberado da delegacia à tarde, com inúmeras lesões em seu corpo. Os ferimentos foram confirmados no Hospital Evangélico, segundo o Gaeco, onde foi necessário fazer um procedimento chamado cistomia na vítima. Isso porque os rins foram machucados e o fluxo urinário do homem ficou prejudicado. Ele precisou usar sonda por pelo menos dois meses para se recuperar dos ferimentos.

Falsidade ideológica

Os três policiais também foram denunciados pelo Gaeco por abuso de autoridade e por falsidade ideológica. Conforme informou o órgão que investiga o caso, o trio forjou um "auto de resistência" com a intenção de explicar a detenção e as lesões que causaram na vítima.