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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organi­­zado (Gaeco), ligado ao Minis­­tério Público Estadual, vai investigar o atentado contra o candidato a presidente do Sin­­dicato dos Motoristas e Co­­bradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, ocorrido na noite do último sábado. Teixeira teria sido alvo de quatro tiros, quando chegava em casa, no bairro Sítio Cer­­ cado, por volta das 23 horas. Ele não foi ferido.

O delegado Rafael Viana, da Delegacia de Homicídios, deve encaminhar o inquérito ao Gaeco hoje. O órgão analisará o documento para descobrir se o suposto atentado de­­ve ser entendido como crime de coação no curso do processo envolvendo o Sindimoc. O vereador e presidente da entidade, Denílson Pires (DEM), o tesoureiro Valdecir Bolete e o assessor jurídico, Valdenir Dias, são investigados pelo Gaeco por apropriação indébita e formação de quadrilha. Os três foram presos no dia 31 de agosto e foram soltos três dias depois. Eles afirmam ser inocentes.

Caso os promotores do Gaeco entendam que o crime não tem relação com as investigações sobre o Sindimoc, o inquérito volta à delegacia para ser apurado como tentativa de homicídio. Teixeira e seu irmão, Alcenir, prestaram depoimento até a noite de ontem para o delegado Viana, que preferiu não se pronunciar. De acordo com Teixeira, não havia uma acusação formal contra a chapa da situação, apoiada por Pires.

Outro lado

O departamento jurídico da chapa 1, encabeçada por Valdecir Bolete, candidato a presidente do Sindimoc pela situação, afirma que o atentado contra Teixeira foi forjado e seria uma jogada eleitoreira para ser usada durante a campanha para presidente da entidade. Segundo o departamento, as acusações de suposto envolvimento da chapa 1 no atentado são inverídicas, pois não há intenção de atrapalhar a eleição do Sindimoc, marcada para quinta-feira.

A chapa 1 também esclarece que não tem objetivo de prejudicar o candidato Tei­­xeira. O departamento explica que a candidatura de Tei­­xeira está sendo questionada na Justiça do Trabalho, em razão de ele não ter o registro de motorista do transporte coletivo em uma empresa de ônibus da região e por outras supostas irregularidade cometidas por membros da chapa de oposição. Teixeira alega que tem feito tudo dentro da lei e que está respaldado por uma liminar que permite sua candidatura. Além disso, ele afirma que é motorista da empresa Paula Cristina Transporte, que atuaria em Curitiba. Teixeira também garante que o atentado ocorreu e não enganaria ninguém, incluindo o Gaeco e a Polícia Civil, que investigam o caso.

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