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Violência

Gangue de meninas agride quem se vestir de cor-de-rosa

Uma gangue de meninas de Castro, na região dos Campos Gerais, conhecida como as "Pink", agride quem não for do grupo e teimar em usar roupas de cor rosa. reportagem de Érika Busnardo, da Gazeta do Povo, mostra que a facção é formada por adolescentes de 15 a 19 anos que vestem roupas rosa, boné ou touca pink e não admitem concorrência: atacam meninas, adolescentes e mulheres que estiverem usando essas cores nas ruas da cidade.

"Elas partem para cima mesmo, arrancam o que as meninas usam, roubam, fazem um escarcéu", diz uma vendedora de uma loja no centro da cidade. Ela conta que a venda de peças da cor rosa caiu desde que a gangue apareceu, há sete meses.

A história de Dulcinéia Amancio, 19 anos, uma das líderes do grupo, faz dela tão vítima quanto as pessoas que ela ameaça na rua. Filha de pais alcoólatras, recebia surras freqüentes do pai. Ela ainda se lembra de ter de correr para buscar refúgio no mato com sua mãe nas madrugadas em que o pai chegava embriagado em casa.

Segundo Dulcinéia, o grupo se desfez há um mês. "Não era certo, e tudo que vai um dia volta em dobro para a gente", justifica. A menina alerta sobre a atuação de um outro grupo que usa o nome Pink. "Não somos nós, não. O nosso grupo acabou. Essas meninas aprontam e as pessoas acham que somos nós", defende-se. Para ela, a brincadeira não valeu a pena. Do tempo do grupo, ficou o medo de andar sozinha pelas ruas de Castro. E esse medo, acredita ela, permanecerá para sempre.

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