Bairros de classe média e pontos turísticos de Curitiba estão se tornando alvo de gangues de jovens, nos fins de semana. No último domingo de julho, cerca de cem jovens se envolveram numa briga que resultou na depredação de dois ônibus e em pelo menos um adolescente gravemente ferido, a poucos metros da Ópera de Arame, um dos principais cartões-postais da cidade. No mesmo dia, a polícia apreendeu sete adolescentes acusados de cometer assaltos na Praça Oswaldo Cruz, no bairro Rebouças.
Moradores da Rua São Salvador, no Pilarzinho, testemunharam cenas de violência durante uma briga entre duas gangues, também num domingo. Moradores chamaram a Polícia Militar e a Guarda Municipal. Os "brigões" foram dispersados, mas a PM não prendeu ninguém. A "batalha" aconteceu perto de pontos turísticos como a pedreira Paulo Leminski, o Parque São Lourenço e a Ópera de Arame. "Fiquei impressionado porque é um local tranqüilo e nunca houve violência entre gangues aqui", diz um morador que prefere não se identificar.
Outra região que sofre com as gangues de jovens é a da Praça Oswaldo Cruz. Assaltos, brigas e vandalismo causados pelas gangues são comuns na área, de acordo com vizinhos e comerciantes. O último caso aconteceu no final de julho, quando 60 jovens fizeram três arrastões, segundo testemunhas. Assustados, os moradores chamaram a polícia. Quarenta policiais civis e militares, além da Guarda Municipal, fizeram várias blitze no local, no mesmo dia. Trezentas pessoas a maioria adolescentes foram abordadas. Os sete adolescentes detidos foram levados à Delegacia do Adolescente. A polícia encontrou três cigarros de maconha e bebidas alcoólicas com eles.
No início deste mês, o Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (Ipuc) aprovou o projeto de instalação de um espaço físico, dentro da Oswaldo Cruz, a ser usado pela PM. O projeto prevê até uma torre de observação. A prefeitura e o governo do estado estudam a obtenção de verbas para fazer a obra. A situação é tão grave que os moradores dos edifícios ao redor da praça evitam sair de casa nos domingos. "As gangues fazem a festa nos arrastões", afirma o porteiro de um prédio. "Isso aqui parece o Rio de Janeiro. Eles chegam a cuspir nas pessoas", reclama uma moradora.
No começo do ano passado, moradores, comerciantes e taxistas que trabalham na Oswaldo Cruz fizeram um abaixo-assinado pedindo mais policiamento. "Esperamos que agora o governo atenda nosso pedido", reivindica o médico e síndico de um dos prédios da área da praça, Calixto Lopes.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Polícia Militar, não existe uma estatística específica para brigas de gangues em Curitiba. A assessoria informa também que a PM, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e a Polícia Civil têm feito um trabalho preventivo para acabar com esses casos na cidade. As rondas da Patrulha Escolar e a organização de atividades esportivas também são realizadas periodicamente, em vários bairros de Curitiba, para coibir a violência das gangues.
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