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Brasília – O novo coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo à reeleição, Marco Aurélio Garcia, qualificou ontem de "estupidez extraordinária" e "operação atrapalhada" a participação de petistas na negociação de um dossiê contra José Serra, candidato tucano ao governo de São Paulo. Apesar do escândalo, ele acha que a lama não atingirá a campanha de Lula. Previu que a vitória do petista ocorrerá no primeiro turno. Em sua primeira manifestação pública, depois de assumir a chefia da campanha de Lula, Garcia anunciou a extinção do núcleo de mídia e risco da campanha. "Esse dispositivo está suprimido. Esse setor eu nem conhecia. E pelo desempenho, se é que teve, não parece ser muito inteligente", disse.

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Garcia contou que tirou férias de dez dias de seu cargo de assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais para assumir campanha. Ele não quis falar nada a respeito da origem do dinheiro, nem se veio de ONGs ligadas a petistas. "Esse pergunta tem que ser feita à Polícia Federal".

Garcia disse ainda que o PT não só repudia atos como o de montagem de dossiês, como tem por obrigação combater a arapongagem no seu meio, com algum mecanismo de controle porque isso, na sua opinião, é uma "anomalia". "Essa extraordinária anomalia... A maioria esmagadora do partido repudia esses métodos", disse ele. "Por duas razões: de princípios e de natureza prática, porque nós sabemos muito bem quais são os efeitos, são danosos". A negociação do dossiê, que seria comprado por R$ 1,75 milhão de Luiz Antônio Vedoin, chefe da quadrilha dos sanguessugas, derrubou seis integrantes da cúpula da campanha petista.

Para Garcia, não há como negar que petistas estiveram metidos com a compra do dossiê. O PT, no entanto, é contra esse tipo de coisas, disse.

"Nós repudiamos fundamentalmente essa operação que algumas pessoas tentaram levar adiante. Não faz parte do estilo de direção partidária, menos ainda da conduta pessoal do presidente Lula", argumentou.

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