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Sem qualquer explicação até o final desta quarta-feira (9), a jovem Karoline Marques Pereira, 17 anos, foi assassinada e jogada em um riacho na zona rural de Piraí do Sul, nos Campos Gerais. A causa da morte foi estrangulamento por uma corda de náilon e os motivos estão sendo apurados pela Polícia Civil. Um motorista que passava pela estrada rural avistou o corpo no início do dia desta quarta. Para toda a família da vítima, o principal suspeito é o marido de Karoline. O casal tem uma filha de um ano e meio.

A família da adolescente que casou-se com o primeiro namorado, aos 14 anos, afirma que o marido a proibia de manter contato com qualquer membro familiar. Para os avós maternos, tios e vizinhos, ela era infeliz e impedida de sair de casa. "Ela era uma prisioneira e os pais do marido dela eram coniventes. Até hoje eu não conheço a minha bisneta porque ele não deixou", acusa Nelson Moreira Marques, avô da jovem. "Ele não deixava ela sair e chegou a prestar queixa na delegacia para nenhum parente ir visitá-los", fala o tio Mauri Mainardes.

O marido de Karoline foi ouvido na manhã desta quarta pela delegada de Piraí do Sul, Tânia Maria Sviercoski Pinto, para quem negou o crime. Ele alegou que a esposa saíra de casa na terça-feira, às 18h30, para comprar uma calça, e não voltou. Na manhã seguinte, teria saído para procurá-la. Na casa e no carro usado pelo rapaz, de 23 anos, foram encontrados prováveis vestígios de sangue e cordas. Segundo a delegada, serão realizados exames laboratoriais para identificar se o sangue é da adolescente. Será analisado também o material colhido sob as unhas de Karoline – o suspeito apresentou machucados nas mãos e a marca de uma corda. "Supomos que possam ser marcas de alguém que estivesse se defendendo, mas vamos analisar. Ele disse que as marcas são de quando ele ensinava a mulher a matar uma galinha. Já o sangue, segundo ele, é de uma carne de porco ganha no dia anterior", relata a delegada.

Ninguém ainda sabe ao certo o que aconteceu com a garota. A família do suspeito confirma que Karoline saiu de casa para ir ao comércio e que o marido não saiu após ela. "Vamos agora ouvir novas testemunhas e analisar as provas, através dos exames. Também estamos verificando as contradições do acusado", afirma a delegada.

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