Uma pequena garrafa com papéis e possivelmente um pedaço de metal foi encontrada embaixo da escultura de Tiradentes, na praça de mesmo nome, no Centro de Curitiba, durante a retirada da obra de arte para restauração. O pequeno objeto está tampado com uma espécie de rolha e aparenta estar no local há décadas. A entidade responsável pela restauração e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vão abrir e revelar ao público o conteúdo do objeto na próxima quarta-feira (31).
Veja mais fotos da garrafa encontrada embaixo da estátua de Tiradentes
O objeto foi encontrado durante a retirada do monumento para o transporte até o local onde ela passará por reparos. A obra feita pelo escultor João Turin (1878-1949) foi inaugurada em 1938. O fato de há 75 anos a estátua compor a paisagem curitibana gera expectativa sobre o conteúdo da garrafa. Ainda não há detalhes sobre desde quando o objeto está no local, se foi ele foi colocado por alguém lá depois da inauguração ou se é algo pensado pelo próprio escultor.
Por meio do Twitter, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) falou sobre a garrafa, mas disse não poder dar mais detalhes sobre o assunto. Ele esteve no local durante a retirada e interagiu com seguidores do seu perfil. Aos internautas curiosos, que perguntaram sobre o conteúdo, ele apenas respondeu que a peça será aberta na presença de curadores e relatou que os manuscritos datam de 1927.
Maurício Appel, coordenador do trabalho de restauração da obra de João Turin - que inclui a estátua de Tiradentes - , ressaltou que antes mesmo de a estátua ser retirada, o clima era de euforia entre as pessoas que acompanharam o trabalho. "As pessoas brincavam: 'será que não tem nada escondido'? O escultor subiu para verificar a situação da fundição, porque a escultura estava completamente solta em cima do pedestal, e quando subiram o Tiradentes, a garrafa apareceu nos pés [do monumento]. Pelo barulho que emite quando é sacudida, ou é uma carta muito grande ou é uma série de cartas", disse.
Recuperação da obra de Turin
A estátua na qual foi encontrada a garrafa, que representa o líder da Inconfidência Mineira Joaquim José da Silva Xavier , fica no marco zero da capital. O monumento é apenas uma das obras feitas por Turin que fazem parte do patrimônio histórico da cidade. Integram a obra do artista espalhada pelas praças da capital a peça Luar do Sertão (a onça rugindo que fica na rotatória ao lado da sede da prefeitura) e a escultura de uma águia, na Praça Santos Andrade.
Todas essas obras serão revitalizadas como parte de um projeto do Ateliê João Turin. A intenção é restaurar todo o acervo do artista e elaborar materiais que resgatam a vida e obra do artista. Além disso, serão criados novos moldes para poder reproduzir as esculturas. Essas três estátuas originais das praças, por exemplo, voltam para as praças em agosto, mas as cópias farão parte de exposições que vão percorrer o país e o mundo.
Já estão previstas passagens das obras por pelo menos cinco capitais brasileiras. Entre os destinos internacionais, Bruxelas, capital da Bélgica, onde Turin estudou, também já está no roteiro. Nova York, nos Estados Unidos, compõe a lista e há possibilidade de a exposição seguir para Paris, na França. Nesta última cidade, o artista viveu entre 1911 e 1922.
Veja mais fotos da garrafa encontrada embaixo da estátua de Tiradentes
Veja fotos da garrafa encontrada na estátua
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