No primeiro ato depois da posse, o novo presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, anunciou uma medida que aponta para uma reestruturação completa da estatal da infra-estrutura aeroportuária. Ele pediu a todos os atuais diretores, superintendentes regionais e assessores ligados à presidência da estatal que coloquem os seus cargos à disposição. "Vou examinar o quadro e tenho minhas possibilidades de indicações (para os cargos) que colocarei antes ao ministro", afirmou Gaudenzi na primeira entrevista coletiva após receber o cargo do brigadeiro, José Carlos Pereira.
Critério
Ele não antecipou nomes, mas disse que o critério para escolha de novos dirigentes será técnico. No entanto, ele não descartou a possibilidade de indicar políticos, desde que tenham características técnicas. "Se eu assim não fizesse, estaria excluindo a mim mesmo", comentou Gaudenzi, que é filiado ao PSB e desde julho de 2004 presidia a Agência Espacial Brasileira (AEB).
Durante a solenidade de transmissão de cargo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, cobrou ação e rapidez de seus assessores na solução dos problemas que tumultuam os aeroportos há 11 meses. "Temos que agir no curto prazo porque o tempo não é nosso é da Nação", afirmou Jobim, acrescentando que Gaudenzi terá liberdade para constituir a direção da Infraero com pessoas "que não apenas prometam competência, mas que tenham demonstrado competência".
A solenidade, prestigiada por parlamentares e militares, mas sem a presença dos dirigentes de companhias aéreas, foi marcada pela troca de farpas. O presidente que deixou o cargo disse que houve falhas e erros cometidos ao longo desses 11 meses que não são técnicos, mas de origem ética e moral. "A origem de muito do que estamos passando se centra em questões éticas e morais", afirmou.
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