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São Paulo - A Justiça de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) decidiu ontem que a Uniban deve abonar as faltas da aluna Geisy Arruda, hostilizada por usar um microvestido rosa durante as aulas, e permitir que ela faça as provas para concluir o semestre acadêmico.

A informação foi divulgada por seu advogado, Nehemias Me­­lo, que entrou com ação por danos morais contra a Uniban – a indenização solicitada é de R$ 1 milhão – na semana passada. Na mesma ação foi pedida uma liminar (decisão provisória) para que Geisy concluísse o curso de Turismo. O advogado diz que ela já decidiu não continuar na Uniban, mas quer terminar o semestre para pedir transferência para outra universidade.

De acordo com Melo, Geisy não fez os exames porque a universidade não garantiu sua segurança. Ele afirmou ter negociado com a Uniban a presença de seguranças para escoltar a cliente durante um mês, mas, como não houve acordo, decidiram pedir à Justiça que julgasse a questão com urgência. A reportagem não conseguiu localizar os advogados da universidade.

Geisy foi xingada nos corredores da universidade no dia 22 de outubro por usar um microvestido rosa. O tumulto foi filmado pelos próprios alunos e os vídeos acabaram na internet. Os advogados da aluna procuraram a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que instaurou inquérito para investigar o caso. Ainda segundo os advogados de Geisy, a estudante teria sido vítima de crimes como difamação, injúria, ameaça, constrangimento ilegal, cárcere privado, ato obsceno e incitação ao crime.

À época do tumulto, a Uni­ban decidiu expulsar a jovem, mas recuou pouco depois. No anúncio da expulsão, a universidade afirmou que "no dia da ocorrência dos fatos, a aluna fez um percurso maior do que o habitual aumentando sua exposição e ensejando, de forma explícita, os apelos dos alunos".

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