Lisboa Com o objetivo de discutir a política externa brasileira, o candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) desembarcou ontem na Europa para uma visita de dois dias. No primeiro compromisso, em Lisboa (Portugal), ele defendeu a redução da carga fiscal brasileira. Para Alckmin, a carga deve cair dez pontos porcentuais em relação ao Produto Interno Bruto. Ele sinalizou que a carga fiscal do Brasil tem de ser inferior a 30%.
Alckmin criticou ainda a política econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A fórmula do governo tem sido aumentar os gastos correntes, aumentar impostos e cortar investimentos. Nós vamos fazer o contrário: cortar gastos correntes, cortar impostos e aumentar o investimento."
Em Lisboa, onde foi recebido pelo presidente Aníbal Cavaco Silva e pelo primeiro-ministro José Sócrates, o tucano discutiu com os líderes portugueses questões comerciais, a importância de acordos para a liberalização do comércio e investimentos entre os dois países. No encontro, o presidente português, de centro-direita, aceitou que fossem feitas imagens com Alckmin. Sócrates não permitiu a entrada de fotógrafos.
Hoje, Alckmin desembarca em Bruxelas. À tarde, tem um encontro com o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso.
Investigação
O PT pediu que a Justiça Eleitoral abra investigação contra o candidato do PSDB, por suspeita de "uso indevido dos meios de comunicação". Na representação protocolada no Tribunal Superior Eleitoral, o partido também requer a declaração de inelegibilidade de Alckmin pelos próximos três anos. A legenda do presidente Lula argumenta que os programas partidários do PSDB, exibidos em tevê e rádio em maio e junho, serviram para o benefício do candidato Alckmin.