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Não é exagero dizer que parte da responsabilidade sobre os 900 mil veículos que trafegam por Curitiba está sob a tutela de Rosângela Battistella, 49 anos, gerente de Engenharia de Trânsito da Urbs. Há dois anos no cargo, a gerente avalia por mês mil solicitações de alterações no trânsito da cidade.

Do cidadão comum aos vereadores, é ela quem intermedia as ações para que o fluxo nas ruas corra normalmente. "É difícil agradar a todos, mesmo sendo as nossas decisões as melhores tecnicamente", aponta.

Como a própria gerente salienta, hoje o departamento que comanda apenas apaga incêndios. Com uma demanda enorme – 4,8 mil projetos (fruto de reivindicações da população) estão parados por falta de recursos – as exigências geram estresse.

O trânsito está na mente de Rosangela o dia todo. As inadequadas 6 horas de sono diárias são picotadas por sonhos com trânsito. "Acordo de noite pensando em acidente de carros e soluções de problemas."

Quem mais se incomoda com esse excesso é a filha, que se encabula a cada vez que a mãe aborda motoristas ou anota placas de quem comete infrações mesmo quando não está a trabalho. "Eu digo que gostaria de ter um bloco de multas. Não consigo me desligar."

Para fugir do estresse, Rosangela usa duas táticas. A primeira, usual: todos os dias caminha no Parque Barigüi. A segunda, é para fugir do que com mais lida durante o dia. "Sempre saio meia hora após o meu expediente, que é 19h30, para fugir do trânsito." (MXV)

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