A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) estuda captar água de rios a mais de 200 km de distância da capital paulista para abastecer a Grande São Paulo e a região de Campinas nos casos de futuras crises de falta de água nas metrópoles.

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Esse foi um dos pontos abordados pelo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, no evento “O enfrentamento da crise hídrica”, no Instituto Fernando Henrique Cardoso.

Para Kelman, em casos de falta de água “precisamos ter alguma válvula de segurança”. O executivo citou então o plano da Secretaria de Recursos Hídricos para captar água nos rios do Paranapanema e no vale do Ribeira, no interior paulista.

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Para Kelman, um projeto como esse poderia aliviar futuras crises hídricas em São Paulo, mesmo que o transporte da água por longas distâncias seja mais caro.

O plano já constava no Plano Diretor da Macrometrópole, que define obras estruturais de recursos hídricos no Estado até 2035. No caso do rio Paranapanema, o estudo aponta a viabilidade de captar água próximo ao município de Avaré (a 267 km de São Paulo) e abastecer a região de Campinas. Isso poderia diminuir a dependência dessa região do sistema Cantareira, numa eventual crise.

O executivo chegou a fazer uma comparação dos sistemas produtores de água com o sistema elétrico, que faz uso de termoelétricas quando as hidrelétricas estão com baixa produtividade.

O projeto, no entanto, não deve surtir efeito a curto prazo.

Em abril deste ano, a Folha de S.Paulo divulgou que a atual crise de abastecimento de água fez a Sabesp e o governo do Estado adiantarem o estudo de projetos que deveriam ocorrer até 2035.

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Outra “válvula de segurança” citada por Kelman é a utilização da água obtida através do tratamento de esgoto para abastecer o sistema Cantareira, o maior reservatório de água da Grande SP e aquele em situação mais crítica.

A ideia é pegar a água que sai da estação de tratamento de esgoto de Barueri e diluí-la na represa de Paiva Castro, que integra o sistema Cantareira. A partir disso, a água seria tratada normalmente.

A técnica é chamada de reúso indireto e é usada em lugares com grave restrição hídrica como em países do Oriente Médio, Cingapura e nos Estados Unidos.

Em novembro de 2014, Alckmin já havia anunciado que usaria a técnica para aumentar os níveis do sistema Guarapiranga, que abastece a zona sul de São Paulo.

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