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Ativismo judicial

Glenn Greenwald questiona ações de Moraes e recebe críticas nas redes sociais

Co-fundador do The Intercept faz críticas as últimas decisões de Moraes (Foto: Reprodução )

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O jornalista americano e cofundador do The Intercept Glenn Greenwald questionou as últimas decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em suas redes sociais, nesta terça-feira (10). “Existe agora, ou já existiu, uma democracia moderna onde um único juiz exerce o poder que Alexandre de Moraes possui no Brasil? Não consigo pensar em nenhum exemplo sequer próximo”, perguntou.

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Em outra postagem, o jornalista escreveu: “Uma das maiores ironias da extraordinária popularidade de Moraes entre a mídia corporativa e a esquerda foi que ele serviu como Ministro da Justiça, e depois foi indicado para o STF, por um presidente e governo amplamente considerado na época não só ilegítimo, mas ‘golpista’”.

Ao questionar as determinações de Moraes, Greenwald foi criticado nas redes sociais por pessoas que concordam com as medidas adotadas por Moraes, não previstas em lei, após o vandalismo. Diante das críticas, o jornalista afirmou que “em tempos de crises e medo nacional, é mais importante do que nunca que os jornalistas questionem as autoridades e, por isso, recebam ataques, insultos, ameaças, etc”.

Para os juristas consultados pela Gazeta do Povo, Moraes deve ganhar pontos com a parcela de centro da população, que vinha olhando com reticência a escalada de autoritarismo do Judiciário nos últimos meses. O jurista Fabricio Rebelo, coordenador do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes), comenta que “esse talvez tenha sido o grande salto que a esquerda conseguiu a partir dessas ações desastrosas e absolutamente reprováveis: fomentar uma narrativa de que toda a direita é radical, violenta e, por isso, perigosa”.

“Quando essa narrativa prevalece, a tendência é que alguns segmentos políticos mais moderados acabem ganhando simpatia pelos atos do Judiciário que estão, supostamente, podando ou evitando excessos de uma ala mais radical. Isso é muito provável que aconteça”, diz.

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