São Paulo Em nota à imprensa, a Gol informou ontem que recebeu da Aeronáutica os bens das 154 pessoas mortas na queda de um Boeing da companhia no último dia 29 de setembro. Os pertences foram retirados pelas equipes de busca dos destroços do avião, que caiu em uma região de mata fechada de Mato Grosso. Os bens foram encaminhados à companhia aérea por determinação da Polícia Federal (PF), de acordo com a própria Gol. Eles serão limpos, fotografados e catalogados e, então, devolvidos aos familiares dos mortos.
O Boeing caiu em uma área de mata fechada de Mato Grosso depois de bater no ar contra um Legacy da empresa norte-americana de táxi aéreo ExcelAire. Todos os ocupantes do avião comercial morreram.
Na quinta-feira, a PF concluiu os depoimentos dos 13 profissionais de tráfego aéreo que acompanharam a trajetória do Legacy. Parte deles atua no Cindacta 1, em Brasília, e parte em São José dos Campos (120 km a nordeste de São Paulo), onde o Legacy decolou. Mesmo com o término dos depoimentos, que duraram quatro dias, a PF evitou apontar os responsáveis pelo acidente.
Nos próximos dias, a PF deverá analisar as caixas-pretas das duas aeronaves, entregues pela Aeronáutica na quarta. Outros passos que a PF deverá tomar antes de realizar indiciamentos são ouvir os pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que permanecem impedidos de deixar o Brasil desde o acidente; e os três controladores de vôo que trabalhavam em Manaus (AM), onde decolou o Boeing, rumo a Brasília, antes da queda.
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