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Bruno foi considerado culpado pelos crimes de sequestro, lesão corporal e constrangimento ilegal | Eugenio Moraes/Jornal Hoje em Dia
Bruno foi considerado culpado pelos crimes de sequestro, lesão corporal e constrangimento ilegal| Foto: Eugenio Moraes/Jornal Hoje em Dia

O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a quatro anos e seis meses pelos crimes de sequestro, lesão corporal e constrangimento ilegal contra a ex-namorada Eliza Samudio, que está desaparecida desde junho. O processo foi aberto na Justiça do Rio, após denúncia da estudante de que o jogador a teria forçado a ingerir substâncias abortivas, em outubro de 2009. Eliza estava grávida de cinco meses, de um filho que seria do jogador.

Parte da pena do goleiro terá de ser cumprida em regime fechado. Também foi condenado, a três anos de prisão, o amigo e braço direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como "Ma­­carrão".

Na sentença, o juiz Marco José Mattos Couto, da 1.ª Vara Cri­mi­nal de Jacarepaguá, classificou como uma "covardia’’ a atitude do jogador. "É absolutamente reprovável a conduta do réu, já que praticou os crimes (...) com o propósito de se ver livre do status de pai que não desejava desempenhar’’, diz. "A sua covardia, pois, impõe resposta penal adequada.’’

De acordo com depoimento de Eliza à época do crime, Bruno, Macarrão e outros dois amigos não identificados a colocaram num carro, onde o goleiro a teria agredido com "golpes no rosto" e em seguida a forçado a "tomar um remédio amargo".

Assassinato

A decisão não está ligada ao processo por homicídio da estudante, aberto pela Justiça de Minas Gerais. Nos próximos dias será decicido se o goleiro e outros oito supostos envolvidos no assassinato de Eliza irão a júri popular. O Ministério Público mineiro pediu a condenação de Bruno, a quem chamou de "mentor e coordenador’’ do crime, sob suspeita de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Bruno e Macarrão estão presos desde julho em Minas. Eliza está desaparecida desde junho e seu corpo nunca foi encontrado.

Segundo o promotor Eduardo Paes, autor da denúncia no Rio, a condenação pode pesar contra o goleiro no processo em Minas. "Bruno não deixa de ser primário, pois ainda há chance de recurso, mas [a decisão] pode ajudar a formar opinião, pois ele já tem maus antecedentes", explica. O novo advogado de Bruno, Claudio Dalledone, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que irá recorrer da decisão da Justiça do Rio. A defesa argumentará que o goleiro ficou indefensável durante parte do processo.

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