Londrina - Um homem está sendo procurado em Londrina por suspeita de integrar quadrilha que falsificava cheques e cartões de crédito e desviava dinheiro de contas bancárias pela internet. A Operação Trilha, da Polícia Federal (PF), prendeu pelo menos 80 acusados ontem, em 12 estados e no Distrito Federal. No Paraná, a operação foi deflagrada somente em Londrina.
O delegado da PF em Londrina, Evaristo Kuceki, afirmou que dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a manhã, em duas residências. Foram apreendidos um laptop, um drive de memória flash e documentos que podem comprovar a participação do suspeito nos crimes virtuais.
Segundo o superintendente da PF no Distrito Federal, delegado Disney Rosseti, as investigações foram iniciadas há mais de um ano e a maioria dos presos, com idade entre 20 e 30 anos, é reincidente em crimes cibernéticos. As informações são da Agência Brasil. "Podemos dizer que são 15 grupos criminosos eventualmente atuando de forma interligada. Alguns deles participavam de mais de um grupo, porém não são uma megaorganização criminosa, mas, sim, de 15 organizações sem um grande líder", explicou Rosseti.
No início, a investigação era sobre o tráfico de drogas, mas mudou de rumo porque alguns jovens migraram para o crime cibernético. As quadrilhas utilizavam programas de computador para roubar senhas de contas correntes e desviar dinheiro para outras contas. Rosseti não informou o tamanho do prejuízo causado, mas disse que somente um dos investigados desviou R$ 1 milhão em apenas um mês.
Ao todo, foram 691 policiais que cumpriram 139 mandados de prisão (120 de prisão preventiva e 19 de temporária) expedidos pela Justiça Federal. Um dos suspeitos foi preso nos Estados Unidos.
Segundo a PF, os presos nesta operação serão indiciados por formação de quadrilha, furto qualificado mediante fraude, tentativa de furto e estelionato. Além do Paraná, são alvo da operação Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.
Modo de ação
Os suspeitos, segundo a PF, usavam programas criados por hackers para obter dados pessoais de correntistas. Esse tipo de programa era distribuído e disseminado por meio de falsas mensagens eletrônicas (e-mails) enviadas pelos presos em nome de instituições bancárias. "Desta vez conseguimos prender quatro ou cinco dos principais programadores", contou Rosseti.
Outra forma de agir, segundo a polícia, era com a instalação de câmeras em caixas eletrônicos, que filmavam a digitação de senhas dos correntistas. Enquanto a pessoa utilizava o terminal do banco, um dispositivo copiava o cartão.
O esquema contava ainda com a ajuda de laranjas, que emprestavam seus nomes ou contas bancárias para a quadrilha receber o dinheiro desviado. Mais de 1,5 mil laranjas foram identificados. Eles serão indiciados por coautoria nos crimes de formação de quadrilha e de furto mediante fraude.
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