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Operação Pen Drive

Golpistas usavam tecnologia de ponta para clonar cartões

A Polícia Federal (PF) prendeu ontem 17 pessoas na operação Pen Drive, deflagrada para investigar em três estados (Paraná, São Paulo e Santa Catarina) a clonagem de cartões bancários e de créditos no Brasil para saques no exterior (China, Rússia, Panamá e Argentina). As prisões ocorreram em São Paulo. A investigação da PF começou no Paraná e recebeu apoio nos demais estados e do serviço secreto dos Estados Unidos. Foram cumpridos cerca de 20 ordens judiciais de busca e apreensão nos três estados.

Os presos não tiveram os nomes divulgados, embora alguns tenham sido pegos em flagrante com milhares de cartões, dezenas de máquinas prontas para as fraudes e a quantia de R$ 300 mil em espécie. Eles são acusados de formação de quadrilha, uso de documento falso, furto qualificado, lavagem de dinheiro e outros crimes. O sistema descoberto é muito mais sofisticado e discreto do que os antigos chupa-cabras, que eram colocados em caixas eletrônicos para descobrir dados de clientes dos bancos.

Segundo as investigações, o grupo montou um esquema para faturar R$ 1 milhão por mês com o golpe, que consistia em colocar no comércio mais de uma centena de máquinas adulteradas para gravar informações passadas em transações comerciais eletrônicas. A tecnologia foi desenvolvida por engenheiros contratados pela quadrilha. Eles levaram oito meses para montar uma placa eletrônica que captura dados de cartões magnéticos (número e senha) das máquinas de cartões de crédito e débito bancário.

Com a engenhoca, o grupo passou a aliciar pessoas e trocar as máquinas originais por adulteradas no comércio em geral, com a suposta conivência de funcionários que recebiam entre R$ 1 mil e R$ 4 mil por cada equipamento substituído.

As primeiras máquinas adulteradas foram apreendidas em Curitiba, mas, em seguida, a polícia descobriu que os mentores do golpe eram de São Paulo. Já o serviço para desenvolver a placa eletrônica teria sido contratado no exterior. A Polícia Federal descobriu ainda que a cidade do Rio de Janeiro seria o próximo alvo dos golpistas, em razão dos Jogos Pan-Americanos.

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