Brasília Governistas e oposicionistas passaram o dia de ontem cantando vitória de seus candidatos após o primeiro confronto na televisão entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nenhum dos lados admitiu fracassos.
Embora reconheçam que o desempenho no debate não seja suficiente para reverter o quadro eleitoral, aliados de Alckmin afirmam que sua atuação na Rede Bandeirantes não só estimulou seu eleitor mas conferiu nova estatura à candidatura. A estratégia, segundo João Carlos Meirelles, um dos coordenadores da campanha, era eliminar o rótulo de chuchu.
Segundo Meirelles, Alckmin não gosta do apelido porque é "inadequado". "Por ser chamado de picolé de chuchu, havia a falsa idéia de que Alckmin não tinha como se indignar diante das coisas", disse Meirelles, segundo o qual Alckmin mostrou uma face até hoje desconhecida: a da firmeza."Mostra ao país que ele está preparado para governar o Brasil", disse.
"Posições firmes"
O presidente do PPS, Roberto Freire, com quem Alckmin se reuniu ontem, endossa: "Mostrou que ele tem posições firmes, é corajoso. O país conheceu a real estatura dele", disse.
Além de despir o rótulo de chuchu, Alckmin se esforçou para impor ao debate sua agenda: da crise ética no governo, driblando críticas à administração do PSDB em São Paulo. A intenção foi incentivar seu eleitorado, imprimindo um clima de segundo turno, além de acenar para os eleitores de Heloísa Helena (PSol) e para os lulistas indecisos. "Ele animou o nosso eleitor", disse o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC). O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) comparou Geraldo Alckmin a um cão pitbull treinado e definiu a atitude do tucano no debate da Bandeirantes como "fascista".
O ministro afirmou que Alckmin foi treinado para ser agressivo. "Sempre vi o Alckmin como uma pessoa mansa, uma pessoa da Opus Dei, que tem paciência para explicar suas posições. Ele apareceu como um pitbull no debate."
Em Brasília, Jaques Wagner (PT), governador eleito da Bahia e integrante do comando da campanha de Lula, também disse hoje que o tucano se comportou como "uma agressividade não-natural". Na avaliação do governo, as principais falhas de Lula teriam sido nervosismo em algumas respostas, excesso de gesticulação e sorrisos quando aguardava Alckmin fazer a pergunta.
A coordenadora da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo, Marta Suplicy, comparou a postura de Alckmin à do ex-presidente Fernando Collor. Segundo ela, o tucano é o "caçador de marajá atual".
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